Sonhos de criança para todos
De acordo com um dos clássicos do anedotário internacional, a diferença entre um diplomata e uma senhora é que se o primeiro disser “não”, deixa de ser um diplomata, e se a segunda disser “sim”, deixa de ser uma senhora. Foi para libertar os diplomatas e as senhoras destes embaraços que a civilização desenvolveu, durante séculos, todo um conjunto de palavras, olhares, gestos e atitudes que tornam desnecessário o uso desses secos símbolos da objectividade. No entanto, aparentemente, esse tempo chegou ao fim. Segundo os jornais, Carmen Calvo, vice-presidente do Governo espanhol e ministra da Igualdade, pretende alterar a legislação sobre delitos sexuais, criminalizando todos os actos que não tenham sido expressamente precedidos por um inequívoco “sim” do lado feminino. No fundo, estamos a falar da obrigatoriedade legal de ajustes na linha do tempo, os quais, para quem acompanhava a programação do canal Viver/Vivir, se podem traduzir na antecipação do “sí, cariño” que apenas se ouvia no decorrer do enredo. É, em suma, a vitória da prolepse no competitivo mercado das anacronias.
Mais do que pelas excelentes perspectivas de negócio para os notários, o novo quadro legislativo dos nossos vizinhos surpreendeu por dispensar os homens de igual manifestação de vontade, pois caso a investida amorosa seja da iniciativa da mulher, o “quem cala, consente” continua a vigorar. Só posteriormente, através de uma outra intervenção pública de Carmen Calvo, se percebeu o motivo: de acordo com a distinta cabreña (nasceu no município de Cabra, província de Córdova), as mulheres passaram toda a vida a ouvir os homens e por isso conhecem-nos muito bem; já os homens, por não escutarem as mulheres, ignoram como é que elas funcionam. Estamos, assim, na presença de um confronto entre a adivinhação e a audição, no qual as bruxas conseguem um ascendente claro sobre os surdos. E estamos, também, a assistir ao vivo à promoção do “ele não me ouve…” a assunto de Estado. Essa passagem, directamente do Consultório Sentimental da revista Maria para a mesa do Conselho de Ministros, contribuirá certamente para o reforço da igualdade, se não entre géneros, pelo menos entre classes.
Espero que não me compreendam mal: sou totalmente a favor da existência do Ministério da Igualdade. Julgo é que a abordagem deve ser mais ampla. A minha mulher, por exemplo, quando era criança, divertia-se a limpar, embalar e alimentar Nenucos; agora, que ela já tem a alegria de limpar, embalar e alimentar bebés a sério, era importante que o governo tratasse de mim, providenciando-me carros desportivos reais, barcos de recreio genuínos e caças F-16 verdadeiros. Estou até disposto a fazer uma promessa à Doutora Carmen Calvo: quando os meus sonhos de criança forem realizados à força de lei, está autorizada a vir cá a casa lavar-me as orelhas.
Para quem tem mulheres destas em casa, benditas as prostitutas. Nobre profissão e que cada vez mais oferece estabilidade emocional ao homem e garante a manutenção do seu calvário matrimonial.
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Bom, na realidade não é bem assim. Ainda há uns dias conversava com uma amiga e ela garantia a pés juntos que estas gajas não passam nem dos 1% da população feminina, que no geral ainda gosta de homem — e muito. E na boa tradição da biologia darwiniana, a maior parte gosta mesmo é de machos alfa. E se põem a mão num (espécie cada vez mais rara), comem-no até ao tutano.
O que se passa é que esta minoria feminista de mal-fodidas com cursos sociais tirados em universidades burguesas com média de 12 (ninguém sai com 10 nestas universidades), fala muito alto e tem espaço público, ao mesmo tempo que beneficiam do momento politicamente correcto em que vivemos, que é incapaz de começar a distribuir galhetas por estas desconstrutoras sociais.
Portanto as prostitutas ainda podem ser vilipendiadas (não por mim, diga-se!), porque a tradição feminina ainda existe. Está apenas escondida por detrás de todo este ruído. E uma boa parte ensinada a sentir-se culpada porque não partilha da cartilha feminista social-fascista.
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Elas gostam do macho Alfa mas não do pendular. Esse não vai a lado nenhum e por isso vai ser suprimido o primeiro da manhã (ver post aqui em baixo). Um tiro na chamada “tesão do mijo”.
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Ora aqui está um bom post que traduzido, o ignorante, idiota e destravado mental DTrump deveria ler. Mas talvez não o entendesse.
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Não devia ler tantos jornais, o ‘Trump derangement syndrome’ pega-se pelo número de chouriços lidos.
É um mero pato bravo vulgar de Lineu, temos muito pior cá no burgo a debitar asneiras de cátedra.
Às vezes os donos dos media organizam canzoadas, como fizeram cá ao Santana Lopes em 2004.
Já começa a correr mal, e começam a duvidar da capacidade de vender sabonetes, quanto mais presidentes.
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Euro2,
Quando eu era jovem mas já muito interessado em política e sociedade, um gajo muito mais velho e amigo ao ver-me a ler uma revista disse-me mais ou menos isto: “ó pá, isso dá-te cabo da cabeça”. Ele estava completamente engajado, bovinizado.
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Tem piada mas o Trump é quem resiste a isto, o que só mostra como o MJRB não percebe pevas e emprenha pelo jornalismo Marxista.
E isto em Espanha é precisamente uma das consequências do Marxismo.
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Eu, AO OUVIR EM DIRECTO o Trump, não percebo “peva” e “emprenho” pelos sons “marxistas”…do Trump ?
O que tem acontecido (diz, desdiz-se , mente, chama a outros mentirosos, etc.) é normal e aceitável ?
Claro que o gajo vai resistindo, resistindo…
Ó Luck, Vc. defende um ignorante, idiota e destravado mental ?
Bem, também é certo que não tenho notado entre portugueses apoiantes do Partido Republicano sequer razoável apoio a esse já bobo…
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A anedota que referiu é mais completa: Quando um diplomata diz “sim” quer dizer talvez, quando diz “talvez” quer dizer não e quando diz “não”, não é um diplomata. Quando uma senhora diz “não” quer dizer talvez, se diz “talvez” quer dizer sim e se disser sim não é uma senhora.
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🙂
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ZP2 & sus muchachas, na saudosa ,mas repetível !, linha de aídos, pagins , valencianos, etc….
“Silly season” em roda livre …e em conselho de ministras….
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Andei semanas para que ela dissesse sim. Nem por sombras. Ouvia Sim, virava a cara.
Era gira mas não devia nada à inteligência. Tive que a levar ao Procópio ao fim da tarde.
A certa altura insisti. Ela sorriu e perguntou: “Sim, que es esso, no te entiendo”.
Eu disse: “Los dos, Sim, si, sim, si, yo sólo te quiero a ti!”
“Como hablas bien! Si, Si, Si!”
Afinal, o problema foi mais de natureza linguística. Lá nos entendemos.
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Modelo 635/8 – Formulário de consentimento informado em acto sexual
Admirável Mundo Novo, pá!
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O Huxley tinha previsto a industrialização e automação da procriação, mas ainda não estamos suficientemente avançados, de modo que por agora estamos no “outsourcing” da produção de proletas.
Não são muito parecidos com os modelos correntes, o que causa alguma ansiedade, mas deitando quantidades abundantes de publicidade lá se vai controlando a coisa.
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Se a Senhora ou gaja for muda como se faz? Obrigatoriedade de aprendizagem de lingua gestual?
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O gesto pode ser tudo em resposta ao politicamente correto.
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…E, no Procópio, sai mais uma tosta e um gin depois de gozar com os politicamente correctos !
(Dois comigo).
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Não iremos ficar pelos sonhos das crianças.
https://observador.pt/videos/programa-comentarios/o-tribunal-constitucional-e-uma-especie-de-aldeia-do-asterix-e-os-irredutiveis-gauleses-sao-os-nossos-politicos/
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Isso mesmo! Toca a entreter a malta enquanto a venezuelização em curso avança e o Senhor das Fotografias se vai divertindo:
“O Parlamento aprovou esta quarta-feira na generalidade um projecto de lei do Bloco de Esquerda que estabelece uma punição por assédio no arrendamento, ou seja, nos casos em que os proprietários pressionem os inquilinos a sair das casas, rescindindo os respectivos contratos de arrendamento.”
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4 – A prática de assédio constitui contraordenação, sem prejuízo da eventual
responsabilidade penal prevista nos termos da lei, sendo punida:
a) Com coima no montante mínimo de 1/50 do valor patrimonial do locado a 1/10
do valor patrimonial do locado quando o agente seja pessoa singular;
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Como fazem as lésbicas? têm também de pedir uma declaração?
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Claro !, pedem “para memória futura” registada e…”para o que der e vier”. Se farejarem que qualquer coisinha dará direito a uma indemnização, ó c’um caraças, tudo registadinho e gravadinho.
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Já que os merdia escondem, vejam aqui. O assunto não é para crianças, os sonhos delas na venezuela esfumam-se todos os dias.
https://foreignpolicy.com/2018/07/16/how-venezuela-struck-it-poor-oil-energy-chavez/
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a diferença entre um diplomata e uma senhora é que se o primeiro disser “não”, deixa de ser um diplomata, e se a segunda disser “sim”, deixa de ser uma senhora
Muito bom! Registado!
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a diferença entre um diplomata e uma senhora é que se o primeiro disser “não”, deixa de ser um diplomata, e se a segunda disser “sim”, deixa de ser uma senhora
Muito bom!
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