Uma sociedade lobotomizada
O Parlamento discute esta quarta-feira um projeto-lei do PAN que pretende proibir a prescrição e administração de medicamentos para a hiperatividade e défice de atenção em crianças com menos de seis anos. Também no Parlamento será debatido esta quarta-feira um projeto de resolução do Bloco de Esquerda que defende a prevenção de consumos excessivos de estimulantes do sistema nervoso central para tratamento da perturbação de hiperatividade com défice de atenção.
A simples possibilidade de os deputados passarem a decidir sobre tratamentos médicos dá conta da anomia dos nossos dias. Para mais como isto vem com a chancela da esquerda os autores de tal proposta e a dita proposta são tratados não são colocados no devido sítio: o dos trauliteiros ignorantes.
O PAN propõe até que “Nos casos em que crianças com menos de seis anos já se encontrem a tomar medicamentos com metilfenidato e atomoxetina, o PAN propõe que interrompam o tratamento, em termos a definir pelo médico.” O parlamento a decidir a interrupção de tratamentos médicos? Isto chama-se totalitarismo.
Sobre os considerandos do PAN de que estes casos “devem ser tratados sem medicamentos e antes através de intervenção psicológica” aconselho que se tente perceber o que acontece em França, país onde a psicanálise se tornou uma espécie de remédio para tudo.
Embora por cá ninguém leia francês e até façam de conta que a França não existe – só assim se explica que na mesma semana os insultos a uma passageira num avião tenham tido cobertura em todos os meios e a pistola apontada à cabeça de uma professora em França tenham sido quase ignorados – devem os leitores conseguir perceber que a psicanalização dos casos de autismo levou em França a que a vida de muitas das famílias com crianças com estes problemas se tornasse um inferno. Invariavelmente acusadas de serem más mães várias mulheres viram e vêem os serviços sociais retirar-lhe os filhos e colocá-los em instituições. Outras optam por não procurar ajuda porque receiam ver-se acusadas de negligência pois nesta perspectiva as crianças são apenas mal educadas, estão traumatizadas…
Presumo que a medicação não seja indicada para todos os casos. É evidente que existem abusos de medicação mas a simples hipótese de ser um parlamento a decidir sobre tratamentos médicos é sinal de que a lobotomia anda ser praticada por aí.
A simples possibilidade de os deputados passarem a decidir sobre tratamentos médicos
Não tem nada de extraordinário. Por exemplo, a lei portuguesa proíbe tratamentos médicos com drogas canabinóides.
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a simples hipótese de ser um parlamento a decidir sobre tratamentos médicos é sinal de que a lobotomia
Acontece que a lobotomia é (ou era), precisamente, um tratamento médico. Tratamento médico que, ou me engano muito, ou é atualmente proibido por lei na maior parte dos países. Tal e qual como outros tratamentos médicos para doenças mentais, como choques elétricos por exemplo.
Ou seja, há variados tratamentos médicos para variados problemas mentais que são atualmente proibidos por lei. O projeto de lei do PAN nada tem de extraordinário…
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A lobotyomia não foi proibida por nenhum partido político em algum país. Foi abandonada como prática, pelos próprios médicos, em virtude de mortes.
O que v. está a dizer é tão estúpido que mete dó. É da mesma ordem que se acreditar que um parido político para animais pode mandar na OMS.
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A lobotomia não foi proibida por nenhum partido político em algum país. Foi abandonada como prática, pelos próprios médicos, em virtude de mortes.
O que v. está a dizer é tão estúpido que mete dó. É da mesma ordem que se acreditar que um partido político para animais pode mandar na OMS.
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E os canabinóides sintéticos também não estão proibidos por votação em nenhum parlamento.
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Este lavoura é besta. A cannabis é considerada droga. A lobotomia é uma mutilação que passou a ser proibida e deixada de praticar a título medicinal.
A hiperactividade pode ser uma treta. Isso deviam saber os médicos antes de a diagnosticar.
O resto vem por si. Se não é considerada treta pela Ciência, a que título bestas que se dizem cientistas acham que quem deve decidir são os políticos?
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Os políticos, para estes animais, são deuses. Dizem-se ateus mas depois têm um mega-panteão. Tanto idolatram a Ciência em nome do ateísmo, como têm práticas mágicas de primitivos e rendem culto ao feiticeiro partidário.
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Querem é mais tachos e mais funcionários públicos nas escolas. Com isto deve ser para meterem lá para dentro mais psicomomgos e nutricionistas ou curandeiros de Vilar de Perdizes
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Já agora- o que deviam proibir era tanto neologismo e as coisas resolviam-se por si.
Isso de hiperactividade é falta de educação ou de ginástica, porque passam a vida agarrados aos telemóveis.
Tal como o dito bullying é outro neologismo que sempre existiu e se considerou normal, pois as pessoas não nascem politicamente correctas, como estes imbecis querem.
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Nem mais!
Antigamente a falta de educação incluía palmadas bem dadas no rabo e era remédio santo.
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Ao menos o maduro não precisa de parlamento nenhum para proibir.
Mais de metade da central de negócios já aspira a proibir qualquer forma de oposição, a menos que seja veiculada pelo das cuecas a banhar-se no “rio”.
Se os ventos externos ajudassem lá chegariam. Não vão ajudar, pelo contrário.
Todas as decisões da central desde o golpe kosta irão para o charco.
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Diz que vivemos numa democracia… Perdida a luta de classes e as causas fracturantes a ruir como um castelo de cartas, vai de controlar a saúde. Isto está bonito.
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O problema é que também não me parece correcto que sejam os médicos a fazer as leis !
Por este andar, mais vale dispensar o parlamento (poupava-se uma pipa de massa), e passava a ser a ordem dos advogados, dos médicos, enfermeiros, engenheiros … a fazer as leis consoante a área profissional afectada ! Quem não tiver uma ordem para o representar, está fora !
Parece que esta gente anda a fumar erva marada. Se a caríssima helenafmatos (que às vezes até escreve coisas interessantes), criticasse o PAN por não ter consultado a ordem dos médicos ou a “comissão da saúde”, eu até entendia !
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Ó palerma- o controle dos medicamentos é feito pela OMS!
Os médicos não fazem leis. Usam medicação aprovada internacionalmente e não é aprovada por partidos políticos para meterem mais fps dentro das escolas.
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Palerma foi o teu pai por não ter usado um preservativo mais forte!
Já deu para entender que não gostas de leis, e que só o que dizes tem valor, mas ainda assim recomendo a consulta do DL 176/2006 30 Ago, artº 55º e outros que definem a responsabilidade do Infarmed.
… pois é esqueci-me que a vossa matilha para além de não gostar de leis, detesta o Infarmed (por causa da proibição da liamba e outros vegetais)!
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Panca jacobina de tudo transformar em Lei.
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Mas é preciso leis para tudo e mais alguma coisa ? Leis para pegar nos talheres ? O PAN que não chateie e proponha uma lei que obrigue a passear o cão pelo menos um kilómetro, três vezes ao dia.
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Estará para abrir algum negócio de ervas?
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Os deputados passam receitas, os secretários de estado fazem análises, e quem partir uma perna não vá às urgências, vá antes à junta de freguesia.
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Dentro de pouco tempo estão a propor o internamento das pessoas de direita em Hospitais psiquiátricos à maneira soviética.
Belíssima sova no Lavoura: parabéns Zazie.
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Agora e necessario ter a agenda preenchida para nao dar tempo a pensar. Mas ridiculo sera ter de suportar o pan e o bloko do esterko, umas insignificancias a “botar” faladura!
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O BE quer proibir a venda da “Banha de Cobra” nas feiras, principalmente a trata do aumento significativo do pénis.
Parece que o PS não está para aí virado, segundo o ex porta-voz Galamba.
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Ó que saudades dos tempos do PREC em que a nossa juventude exibia a sua hiperactividade nas ventas da reacção. Agora é só mariquices disto e daquilo. Até a tropa é já um conjunto de amélias 🙂
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O défice geral de atenção parlamentar por parte das “crianças” também poderá vir a ser matéria a discutir. Para iniciar as causas da hiperactividade, que resulta em défices de qualquer coisa, a “assembleia geral dos sentidos” foca-se em parciais remedeios.
Obrigado, mas sem anestesia o título é assustador.
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“psicomomgos e nutricionistas ou curandeiros de Vilar de Perdizes”. Muito bom cara Zazie.
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Essa coisa que se identifica por zazie, é um dos que fica sem pastilhas se a lei do pan passar. É neurótico na escrita, insulta toda a gente porque se sente seguro no anónimato, mas quando for apanhado aposto que até tem uma declaração passada pelo médico dizendo ser inimputável devido a doença do foro psicológico.
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Já sabemos que a escrita da Zazie não é para qualquer um. Agora volta para os desenhos animados que estas coisas de adultos não são para ti.
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Regra geral, o título de uma obra traduzida deve ser tanto quanto possível correspondente, ou preferencialmente a tradução exacta, do título original.
No entanto, há acasos felizes. Animal Farm, de George Orwell, teve o título de O Triunfo dos Porcos. Muito melhor que o original.
Infelizmente, tornou-se verdade…
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