o psd de rui rio lançou a direita no caos
No único momento da história da nossa democracia em que toda a esquerda se uniu para suportar um governo de legislatura, hipótese em que quase ninguém acreditou há três anos, a única forma de vencer esse «bloco político» seria contrapor-lhe um outro, com um programa vincadamente diferente e alternativo. Obviamente, só o PSD estaria em condições de liderar e federar, nesse projecto, as suas várias partes. Foi o que fez, em 1980, Francisco Sá Carneiro com a AD (e com sucesso), e o que, nesse mesmo ano, tentou fazer Mário Soares com a FRS, para responder a esse bloco da direita. Quando um país e um eleitorado estão fortemente magnetizados numa das suas duas polaridades políticas naturais – a esquerda e a direita – há que agregar o lado contrário para tentar constituir uma alternativa. Sem isso, qualquer hipótese de vitória ficará sempre muito diminuída.
Ora, face ao governo das esquerdas, o que fez o PSD de Rui Rio? Tentou mimetizar o PS, procurando ganhar votos à sua esquerda, que Rio pensa, por desvio ideológico, serem do «centro», votos que a força de tracção da geringonça tem muito bem blindados. O resultado disso intui-se nas sondagens, vê-se no apagamento deprimente do líder, nos conflitos internos do partido, no abandono de Santana e na falta de diálogo do PSD com o CDS e com as demais forças políticas do seu espaço natural.
Reverter este cenário já não será possível. O PSD de Rui Rio desistiu de federar a direita, para se opor à federação das esquerdas, ou melhor, nunca o pretendeu fazer. Por isso, só depois de uma expressiva derrota deste PSD será possível voltar a arrumar a casa.
Enquanto esse cara comandar o PSD, este partido não terá o meu voto. Aliás, enquanto esse partido tiver medo de expulsar o “emplastro” Pacheco Pereira, o destino deste PSD é o mesmo, por exemplo, do PS francês e outros!
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E quem é que disse a este Rui a. que o Rui Rio é de Direita e quer reunir a Direita?
Isto há cada cromo convencido que sabe muito….. Fosca-se.
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Não. Foi o jornalismo com a profissionalização da política que destruiu a Democracia.
Quando o sistema político funciona por agradar a jornalistas em vez de agradar aos eleitores e esses jornalistas forem Marxistas obviamente que os políticos que são promovidos tem de ser Marxistas ou mudar para e aproximar-se do Marxismo.
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A jornalistas e a corporações, que, por sua vez, por barriguismo, andam a toque de caixa dos sindicatos (diga-se- do PCP)
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O SNS está agora a levar a machadada final graças a isso- às reivindicações de enfermeiros e médicos- já para não falar no saque de todo o magote que vive encostado e desvia por conta própria.
Acrescente-se a isso a imigração cada vez maior e experimentem ir a uma urgência de hospital público.
O dito ensino-educação, çá va de soi
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Já entrámos na fase da destruição criativa?
Direita? Até ver prefiro dizer não esquerda e reconstruir a partir das ruínas que se antevêem? Melhor não esperar pela agonia e começar já projecto político novo agora sem as condicionantes que estiveram presentes na génese do PPD/PSD.
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“Direita? Até ver prefiro dizer não esquerda”
Nulo, não esquerda? Estamos generosos hoje. É que a suposta não esquerda parlamentar do rectângulo é mesmo de esquerda.
Já agora, votei várias vezes em si, mas infelizmente nunca ganhou.
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Pior , nulo nem sequer tem representação parlamentar com lugares vazios.
Um caso óbvio de desrespeito dos auto denominados “Democratas” pelo voto.
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Caro Tonto, compreendo-o, não fui suficiente explicito, obrigado pela oportunidade para esclarecer.
O que referi como não esquerda, não tem nada a ver com a existência parlamentar actual mas sim com as várias correntes de pensamento político que, por exemplo, por necessidade conviviam e ainda convivem no PPD/PSD e não só.
Torna-se até necessário uma espécie de baralhar e dar de novo clarificador.
Apesar das zonas comuns incluiria, de corpo inteiro, os Liberais na Direita?
E ainda, agora em jeito de piada:
“Eu ainda sou do tempo em que “alguém” se reclamava da equidistância”
Eufemismo certamente para se dizer nem uma coisa nem a outra mas coitado deve ter apanhado uma virose e já não diz coisa com coisa …
Lucky – Dizem eles que não contam para o totoloto, está na altura de passar a contar … /;-)
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Adivinho um resultado histórico nas próximas legislativas . Da transferência em massa de votos para o CDS há-de estar também o meu voto.
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É, talvez, a melhor solução.
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TEORIA DE RECANTO
“No único momento da história da nossa democracia em que toda a esquerda se uniu para suportar um governo de legislatura, hipótese em que quase ninguém acreditou há três anos, a única forma de vencer esse «bloco político» seria contrapor-lhe um outro, com um programa vincadamente diferente e alternativo.”
Seguindo o manhoso exemplo de Costa, ganhando ou perdendo eleições o que se deve pretender é ter sempre á mão uma fórmula cativada para assaltar o poder, e o país que se fecunde.
O QUE É ESQUERDA E AINDA POR CIMA TODA AO MOLHO?
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Enquanto o Rui Rio liderar o PSD o meu voto será no CDS.
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“procurando ganhar votos à sua esquerda, que Rio pensa, por desvio ideológico, serem do «centro», votos que a força de tracção da geringonça tem muito bem blindados.”
Como é possível que Passos Coelho tenha vencido as eleições em 2011?
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Bancarrota Sócrates.
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Com Costa como fidelíssimo.
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… e de novo em 2015!
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… apesar do enorme aumento de impostos e duma governação condicionada pela troika … isso sim foi algo realmente surpreendente !
Não é por acaso, que o PS fez algo inédito, engolindo os sapos BE e PCP para evitar a possibilidade de P. Coelho governar sem empecilhos (para além dos habituais), em fase de recuperação económica que lhe teria dado ainda mais prestígio. O PS avaliou bem a situação e agarrou-se com unhas, dentes e sabe-se lá o que mais … senão não punha o rabo gordo na cadeira nas próximas décadas!
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“hipótese em que quase ninguém acreditou há três anos”
O Costa no domingo não se comprometeu com nada nem se demitiu, e na segunda-feira foi a Bruxelas. Mesmo assim, o dr. Cavaco demorou cinco dias a perceber.
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Penso que a ideia de Rio é o bloco central em que o PSD vai substituir os partidos de esquerda como bengala do PS.
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“Tentou mimetizar o PS, procurando ganhar votos à sua esquerda, que Rio pensa, por desvio ideológico, serem do «centro»,”
Isso não será uma consequência lógica do que a direita (e até algum centro-esquerda) inicialmente dizia da geringonça – que era uma traição porque os eleitores do PS eram moderados que não tinham votado PS para este se aliar ao BE e ao PCP, e portanto não se podia agregar aritmeticamente os votos dos 3 partidos? Para quem pense assim, é natural que acredite que há um reservatório de eleitores “de centro” desiludidos com o PS e prontos a votar no PSD.
Diga-se que eu acho isso uma fantasia – há décadas que ouço os apoiantes do PS a queixarem-se que “a esquerda não se une” e que o PCP e o PSR/UDP/BE “dividem a esquerda” (ou seja, há muito tempo que o PS sociológico queria a geringonça), mas é a fantasia em que a direita até há pouco tempo acreditava ou fingia que acreditava.
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Por vezes o caos é indispensável para reorganizar as coisas.
O caso do PSD é paradigmático do “federalismo” à direita. Quis ser social-democrata, liberal e conservador tudo ao mesmo tempo e deu no que deu.
Se a democracia em Portugal fosse estável até veria como positiva a fragmentação dos partidos, mas tal como estamos penso que bi-partidarismo é mais seguro. Desde que não degenere como na Venezuela. País, onde, antes de Chavez, as familias se dividiam entre os dois partidos para estarem sempre protegidas pelo Estado.
Já há muito disso em Portugal. Por isso, federalismos com o único objectivo de tomar o poder não me entusiasmam.
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Não me admirava nada, atendendo ao lido e ouvido, que seja tudo combinado, o psd já era.
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Se o Rui A está aborrecido com o PSD, transfira o seu voto para o partido do Santana Lopes (cujo objetivo é, creio, precisamente federar a direita), ou então para a Iniciativa Liberal.
Não precisa de se chatear com o PSD nem de dizer mal dele. Escolha não falta.
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O PSD foi sempre um partido muito estranho … Sempre cheio de governos sombra, muitos barões indisponíveis para dar a cara, mas sempre prontos para controlar as marionetas e os fantoches. Teve um único líder que teria feito a diferença, e por isso mesmo foi prontamente eliminado (nunca se saberá por qual dos blocos). Cavaco foi uma solução improvisada, mas o PSD continua um partido orfão, a contas com lutas fratricidas.
Pelo menos o CDS continua a amadurecer, depois dos devaneios do pedante M.M., é a única alternativa séria. Pena que os eleitores confundam o acto eleitoral com o jogo do totobola : apostam em função de quem poderá ganhar ou não, em vez de pensarem nos seus próprios interesses.
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“Pena que os eleitores confundam o acto eleitoral com o jogo do totobola : apostam em função de quem poderá ganhar ou não, em vez de pensarem nos seus próprios interesses.”
Não concordo. Os eleitores votam em peso em quem lhes melhora a vida. Quantos sindicalistas votam fora de PCP ou PS? A maioria da função pública e reformados?
Os que não comem à mesa do orçamento não são suficientes para mudar seja o que for.
Eu votei com os pés, foi a única solução.
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Não tenho esses números, mas não creio que a esquerda viva só dos votos dos FP e sindicalizados. Há muita gente que gosta de votar no “vencedor”, e deixa-se levar por dogmas, sondagens e outras manipulações.
Deviam olhar para o Brasil e acreditar que é possível dar a volta!
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O PSD, se não conseguir apresentar aos portugueses imediatamente após a hecatombe eleitoral do partido nas legislativas, um líder (coisa que o RRio não é), cativante (RR causa repulsa), resoluto (RR empecilha), com um projecto convincente para o país (RR não o tem), corre o risco de perder militantes, simpatizante e mais votos nas europeias e autárquicas. Se esse líder surgir, o partido recuperará. Também corresponde à verdade que o PSD precisa de quando em quando de purgas para revigorar-se, revitalizar-se — mas se não houver esse líder…
Quantos tugas não-militantes ou simpatizantes do PSD, o RR já conseguiu convencer para o apoiarem ?
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Baralhar para confundir! Eu topo-te.
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O RRio é quem já está “topado” por muitos milhares que estiveram expectantes por ele fazer eficaz oposição a este governo — mas afinal é um flop !
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Se as auto-ilustres gentes do PSD que pensam boicotar o partido a partir de dentro esperam a seguir eleger outro na assunção de que os eleitores voltam como cordeirinhos, desenganem-se. As eleições serão entre Rio e Costa e para muita gente as eleições não passarão de uma oportunidade de expressarem o que acharam da badalhoquice de 2015 e de todo o trajecto manhoso. A mim o que me preocupa é o PSD do sistema que que fica descansado quando Rio de lá sair e que como oposição já era um total marasmo antes de Passos Coelho deixar a liderança, para não dizer mais. E também não percebi por que motivo há de o PSD perder tantos votos se Rio é tão igual a Costa e parte muito substancial da população nem o pode ver. Aliás, basta assistir a alguns eventos públicos em que esteve presente para constatar o confrangedor marasmo entre bandeiras a acenar para tapar o vazio que só não é total porque o pessoal da máquina socialista trata de requerer presenças para artificialmente encher os espaços, e mesmo assim é uma desgraça porque metade pelas costas acha há muito que ele é maluco e caustico, embora ele tente passar outra imagem, que é outro sintoma preocupante. Isto para não falar do que se passa na saúde, que já toda a gente percebeu. Por outro lado, acho que Costa merece governar e liquidar isto tudo até à próxima bancarrota, para depois ser obrigado a afocinhar governando, coisa que nunca fará porque antes vai pôr-se a mexer, que é o que ele sempre faz quando algo está errado. E aqui sim, o PSD e Rui Rio têm grandes responsabilidades: demasiado silêncio para com coisas que já conhecem e sabem que aí vêm. O que é espantoso é que quem não tem a minima folga na comunicação social é Rio. E não comprou ele nenhum apartamento para uma filha de modo engraçado, caso contrário seria estraçalhado e crucificado.
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