A vida são dois dias e o Carnaval são três
Em Portugal, partidos minoritários como são o PAN, a IL e o BE apresentaram agora propostas para a legalização da eutanásia. Pode (e na minha opinião deve) discordar-se das propostas apresentadas por estes partidos mas note-se que eles não enganaram ninguém: o assunto consta dos seus programas. O que não se entende nem pode aceitar é que partidos como o PS e o PSD, que não têm a eutanásia nos seus programas, que não tiveram a coragem de apresentar o assunto à consciência dos seus eleitores, se digam agora legitimados para votar a eutanásia após afectarem uns espantosos 157 minutos de discussão ao assunto. Não, não estou a delirar, segundo o site do parlamento, na tarde do dia 20 de Fevereiro os partidos apresentarão os seus argumentários em 157 minutos, votando em seguida a eutanásia. Depois ala que se faz tarde e os senhores deputados têm de ir brincar ao Carnaval.
Não percebo o que quer a Helena. Que o PSD e o PS, por não terem a eutanásia referida nos seus programas eleitorais, se recusem a debatê-la? Que, pura e simplesmente, se recusem a debater as propostas de lei que outros partidos apresentaram?
Como é que funcionaria um parlamento em que os partidos pudessem recusar-se a debater as propostas que outros apresentassem?
Ainda agora a IL apresentou propostas no sentido de privatizar algumas empresas públicas. A Helena acha que todos os restantes partidos se deveriam ter recusado a debater essas propostas da IL?
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