Não há estrelas no céu
Sempre que a campainha toca após as dezanove, como qualquer residente de um prédio num taciturno subúrbio, sei que se trata de um vendedor de serviços de cabo. A abordagem habitual é a de se identificarem como técnicos de cabo a necessitarem de inspeccionar as ligações das casas. Invariavelmente, após uma atrapalhada e rápida descrição do que dizem ser, antes que possamos descobrir o logro, estão a solicitar para que a porta do prédio seja aberta. Incautos fazem-no; habituados à prudência necessária com evangelistas sub-pagos e incapazes de encontrar um emprego decente (como caixa de supermercado) respondem que não estão interessados.
Testemunhas de Jeová, tal como vendedores de serviços de cabo da NOS, Meo e Vodafone, também não se anunciam como os vendedores agressivos que são. Identificam-se como tendo algo para nos dizer, algumas vezes a discutir, porque todos desejamos atingir a plenitude da felicidade terrena, não é?
Tal como vendedores de serviço de cabo ou Testemunhas de Jeová, que tentam entrar pelo prédio dentro para tocarem depois a cada campainha individual na porta dos apartamentos numa atitude de “já te apanhei”, também o primeiro-ministro – e admito o estupor de não ver o presidente (ainda) a fazer o mesmo – decide incomodar o funcionamento normal de um hospital para, perante câmaras de televisão, vender os seus serviços de psicopatia a custo mais baixo que o dos seus oponentes. Que o vendedor de serviços por cabo não arranje melhor ocupação, cingindo-se a enganar velhos e cansados a comprarem serviços que não precisam, até se pode compreender. Que o primeiro-ministro demonstre que a sua função é em todo igual à do vendedor de serviços de cabo não é apenas desolador: é indicador de que nem os altos cargos da nação escapam à tristeza mundana do desfile de pobreza franciscana da compra e venda de minutos anestesiantes de percepção de bem-estar.
Isto já não é um País, é um pardieiro mal frequentado…
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Sempre foi um belo país cheio de contrastes e beleza natural. Do frio do norte ao calor do Algarve, das belas praias de ondas pequena a gigantes, de mar frio a quente, de ventos fracos a fortes e constantes. Sempre, mas sempre muito mal frequentado!!! Pior agora com imigrantes que deveríamos trazer como prisioneiros de guerra e não alojá-los como se de um País rico se tratasse. Politicamente sempre variamos entre Heróis e biltres, estamos num tempo de biltres e atrasados mentais.
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Deixe lá, Vitor Cunha. O Blasfêmias presta um bom serviço público de entretenimento ao disponibilizar espaço de comentário de treta aos siameses das mamadas e do contra os que “mamam”. Coitadinhos… (com aquela conotação do antigamente).
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Viva o Estado Novo! Viva Salazar! Viva a Pátria portuguesa!
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No tempo em que o Badoche era jovem, ainda não se vendiam pacotes de TV & internet à porta, mas vendiam-se seguros … sabe-se lá onde ele foi buscar aquele jeito de vendedor vígaro !
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Tenho por hábito mudar de canal quando me aparece pela frente qualquer um desses canalhas:tanto o papagaio-mor(em quem votei e de que estou mil vezes arrependido…) como o indiano mentiroso e porco-espinho que se apelida de 1º.ministro e que mais não é do que a central de negócios como dizia o A. Seguro!
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