Camões, salva-nos desta apagada e vil tristeza
12 Junho, 2020
Aquela cativa Que me tem cativo, Porque nela vivo Já não quer que viva. Eu nunca vi rosa Em suaves molhos, Que pera meus olhos Fosse mais fermosa. Nem no campo flores, Nem no céu estrelas Me parecem belas Como os meus amores. Rosto singular, Olhos sossegados, Pretos e cansados, Mas não de matar. U~a graça viva, Que neles lhe mora, Pera ser senhora De quem é cativa. Pretos os cabelos, Onde o povo vão Perde opinião Que os louros são belos. Pretidão de Amor, Tão doce a figura, Que a neve lhe jura Que trocara a cor. Leda mansidão, Que o siso acompanha; Bem parece estranha, Mas bárbara não. Presença serena Que a tormenta amansa; Nela, enfim, descansa Toda a minha pena. Esta é a cativa Que me tem cativo; E. pois nela vivo, É força que viva.
6 comentários
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Quem pratica estes vandalismos não percebe a beleza nem a sinceridade desta poesia. «Quem não sabe arte não a estima»
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Não são vandalismos, é política promovida pelo jornalismo de referência.
Não notou como os jornalistas lhes chamam ?
“Activistas”
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o próxino é o Camões
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basta pintar o outro olho a esse gajo que andou a “poesiar” epopeias fássistas imperialistas, esclavagistas e outros istas
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Ó Helena, não devia ter evocado o LCamões. Se os imbecis macaquinhos de imitação lerem este post, nem hesitam, vai tinta em cima do colonialista, cosmopolita, mundano, ricalhaço e mulherengo Camões !
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Eu não disse? Falta de inteligência, nenhuma cultura. Pedir ajuda a um mortal.
Nem sequer são capazes de proteger as estátuas contra esse esterco humano.
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