Hoje é o dia em que declaram sempre ter ouvido Amália aqueles que
23 Julho, 2020
Levaram anos a declarar o seu desprezo pelo fado
Levaram anos a declarar que Amália era fascista, reaccionária, popularucha
Levaram anos a declarar que o fado era uma coisa do passado
Levaram anos a declarar que não conseguiam ouvir fado
…
Hoje eles lá estão como sempre os mais activos entre os activos s declarar a excepcionalidade de Amália. Amanhã esquecerão tudo o que agora disseram se tal lhes for conveniente.
20 comentários
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tal comportamento é tipico do portugues. Se tudo corre bem aplica-se o NÓS conseguimos.
Se corre mal ( seja o que for) ELE armou-se em chico esperto blá bla.
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Estão a precisar de símbolos nacionais…
Os socialistas usam todos os métodos ao seu alcance para recolher votos e enganar o povo.
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A Amália já não é fascista?
A hipocrisia é uma coisa espetacular!
Ainda hei de ouvir dos seus perseguidores nos pós 25a, as maiores loas ao O’Neill
POEMA POUCO ORIGINAL DO MEDO
O medo vai ter tudo
pernas
ambulâncias e o luxo blindado
de alguns automóveis
Vai ter olhos onde ninguém o veja
mãozinhas cautelosas
enredos quase inocentes
ouvidos não só nas paredes
mas também no chão
no tecto
no murmúrio dos esgotos
e talvez até (cautela!)ouvidos nos teus ouvidos
O medo vai ter tudo
fantasmas na ópera
sessões contínuas de espiritismo
milagres
cortejos
frases corajosas
meninas exemplares
seguras casas de penhor
maliciosas casas de passe
conferências várias
congressos muitos
óptimos empregos
poemas originais
e poemas como este
projectos altamente porcos
heróis (o medo vai ter heróis!)
costureiras reais e irreais
operários (assim assim)
escriturários (muitos)
intelectuais (o que se sabe)
a tua voz talvez
talvez a minha
com a certeza a deles
Vai ter capitais
países
suspeitas como toda a gente
muitíssimos amigos
beijos
namorados esverdeados
amantes silenciosos
ardentes
e angustiados
Ah o medo vai ter tudo
tudo
(Penso no que o medo vai ter e tenho medo que é justamente o que o medo quer)
O medo vai ter tudo
quase tudo
e cada um por seu caminho
havemos todos de chegar
quase todos
a ratos
Alexandre O’Neill
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muito bem ,,, raposo e tavares bolsas e mercadis…. muito muito bem
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Como as gerações mais instruídas não têm criatividade e nada produzem de diferente.
Afinal foram educados pelo Kremlin da 5 de Outubro precisamente para serem todos iguais Tal a tolerância à diferença do presente regime.
Foi assim preciso o regime do 25 de Abril ir buscar uma Salazarista que por causa da desigualdade=tolerância à diferença, pode ser genial.
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Essa cambada devia ser lembrada com imagem e som.
Ainda por aí andam…
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Bem tenta o Raposo elevar o nível, trazendo o grande O’Neill.
Debalde: a função deste blog é tão-só malhar no ‘socialismo’, ainda que este só exista nas fantasias alucinadas das Marias, luckys e chupamines que aqui vêm exorcizar demónios e neuroses. A D. Helena dá o mote.
Raposo, não sei se Amália era fascista, mas que o fado é uma seca lá isso é. Serve para sacar umas massas a turistas pasmados, para lamentar umas desgraças e cavalos mortos, para encher tascas em Alfama e restaurantes careiros no Bairro Alto… escapou-me alguma coisa?
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Filipe, escapou-lhe muita coisa: a Amália não era fascista, o fado não é uma seca…
A Amália, que não era de esquerda e o O’Neill, que era de esquerda, têm em comum o facto de terem sido vitimas da corja cobarde que tomou conta deste pobre país depois do 25a.
O maior defeito que tinham, a Amália e o Alexandre, era a sua imensa qualidade. Os dois viram-se maltratados e traídos por canalhas que não lhes saiam de casa quando precisavam deles…
O 25 a foi uma grande data! Ao fim e ao cabo, permitiu a muitos serem o que sempre quiserem ser: refinados filhos de mãe desnaturada. Nem merecem ser aqui citados.
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Para mim é uma enorme seca, Raposo. Nunca consegui ouvir três minutos de fado sem bater com a cabeça nas mesas. Só me apetece ouvir outra coisa qualquer, tanto faz Mozart ou Deicide, para tirá-lo dos ouvidos. Não há pachorra.
Sim, Amália canta bem, sim, a Gaivota é bonita, mas não em fado. O poema é que é bonito; até podia ser Pantera a cantá-lo. E a maioria dos fados é pior: evoca aquele portugalzinho tristonho, escuro, pobre e infeliz, deprimido e deprimente.
O’Neill capturou esse país como ninguém. Sabe certamente o Perfilados de Medo, o Ombro na Ombreira, a Feira Cabisbaixa,
meu remorso,
meu remorso de todos nós…
Amália ficou, até certo ponto, como ícone do ‘fascismo’ por simbolizar parte dos três F. Mas estou-me nas tintas para isso. A carneirada esquerdalha é que passa a vida com o ‘facho’ na boca. Salazar era cinquenta vezes mais competente e cem vezes mais sério que esta escumalha. Só era pena o resto.
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Filipe, experimente ver um ou outro dos episódios linkados:
https://www.rtp.pt/play/pesquisa?q=na+casa+de+am%C3%A1lia
Lá de quando em vez aparece por ali um supino filho da mãe ou outro, mas é um bom programa e tem passado despercebido na selva televisiva nacional… Compreensivelmente, se calhar.
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Bater tantas vezes com a cabeça é auto flagelação e até parece que gosta.
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“Levaram anos a declarar o seu desprezo pelo fado
Levaram anos a declarar que Amália era fascista, reaccionária, popularucha
Levaram anos a declarar que o fado era uma coisa do passado
Levaram anos a declarar que não conseguiam ouvir fado”
Mas esses já não terão morrido quase todos? Penso que esse discurso anti-fado era algo do pré-25A e do PREC; creio que desde os anos 80 que a moda entre a “intelectualidade” é elogiar o fado como “autêntico”, “popular”, “de raízes multiculturais”, etc, etc. No fundo, um pouco como as “hortas urbanas”, a arquitetura tradicional, os “bairros típicos” e afins.
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Só a partir do fim dos 80 e mesmo assim teve um bocado de parolada porque viam os estrangeiros a continuarem a gostar de fado por isso mudaram de opinião.
Tivemos 7a Legião e os Madredeus num registo inspirado e mais moderno.
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Como noutros tempos, e mesmo ainda hoje, alguns sustentam que Wagner era nazi…
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Wagner podia tanto ser nazi como fã da Apple: a menos que fosse adivinho, é uma impossibilidade física.
O que dele se diz, parece que com certa verdade, é que tinha aversão a judeus e não fazia segredo disso. Isto encaixa na sua posição de compositor preferido dos nazis, daí a dupla má fama que acumulou. Ser anti-judeu tem consequências.
Continua a deixar a milhas a maioria dos compositores, e a anos-luz todo o lixo musical que se produz hoje.
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“podia tanto ser nazi como fã da Apple” 😅
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Sim, a maioria dos fados evoca os sentimentos mais tristes (e limitativos ao nosso crescimento).
E sim, considero que Portugal tem bem entranhado o sentimento fatalista que o fado suscita – “Tudo isto é triste. Tudo isto é fado”.
Mas, mesmo não sendo fã, não consigo negar o poder que uma boa interpretação tem. Arrepio-me todo a ouvir a Mariza cantar o “Ó Gente da Minha Terra”.
E se não é para isso que a arte serve, não sei para que será.
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Vou ser muito sincero. Não gosto de fado nem de fadistas. É a coisa mais execrável que define e identifica o português. Um povo rafeiro, com mania de poeta e de sonhador. O fado é dos loosers, como diz o Trump.
A Srª Amália – que Deus a tenha! – não tem culpa. Ela própria tinha cara de homem como tem a maioria das mulheres portuguesas.
Paz à sua alma.
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A Amália era apenas uma caricatura . O verdadeiro retrato do que identifica o português é vc mesmo.
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NÃO É MILAGRE
Amália sempre perdoou aos agora arrependidos que a chicoteavam, e na sua pequenez acabam por ajoelhar aos pés de tamanha grandeza.
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