Milhões depois o ganho será de «14 minutos»
«25 de abril marcará a revolução da linha do Minho. É neste dia que vão começar a circular os comboios elétricos no serviço interregional e regional e que o Intercidades passará a chegar a Valença.»(*)
O comboio Intercidades chegará a Valença. Tudo elétrico. E dia 26 lá estão António Costa e Pedro Nunos Santos irão fazer grande festa e inauguração em bom estilo.
Mas ao certo, o que vão festejar? A viagem entre o Porto e Valença, 97 km, continuará a ser feita em quase duas horas. Agora está tudo eletrificado, carruagens renovadas, tudo pintadinho, nos trinques. Mas festejar o quê se gastaram milhões e aquilo continua a ser um atraso de vida?
«…a modernização não previu intervenções no traçado por forma a aumentar a velocidade dos comboios e também não contemplou ainda a instalação de sinalização electrónica. Isto significa que a exploração vai continuar a ser feita por cantonamento telefónico, em que o chefe de estação pede por telefone à estação seguinte a autorização para o comboio avançar, processando-se os cruzamentos de forma morosa porque totalmente dependentes de meios humanos.»(*)
Nota: Em 2 anos, será a segunda inauguração com os mesmos personagens.
O que interessa nisto tudo é o facto de que agora é ELÉCTRICO… Se demora 2 horas a fazer é da forma que se pode contemplar as belas paisagens da linha!
Tudo a partir de 2020 tem de ser eléctrico por forma a que as SFD & Bilionários consigam alcançar os objectivos faz-de-conta de neutralidade carbónica num qualquer mercado financeiro nos EUdT, Japão ou Europa!
De resto tá-se bem.
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Se o meu patrão mem deixasse sair todos os dias 14 minutos mais cedo eu gostava. Não dizia mal dele. E continuava a lutar por um horário de trabalho ainda melhor, no futuro, quando a coelha fosse rainha…
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A avença deve ser boa pois, de borla, nenhum ser pensante se atreveria a bajular isto…
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“…Nós estamos num estado comparável sómente à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesma trapalhada económica, mesmo abaixamento de caracteres, mesma decadência de espírito.
Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá …vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se a par, a Grécia e Portugal..”
Eça de Queiróz, 1872
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A final não é surpresa… vem de longe quem empurra…
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Há pior do que isto: ontem, a RTP conseguiu dar uma longa reportagem sobre a reabertura da linha entre a Covilhã e a Guarda sem dizer uma palavra sobre a duração da viagem. E, hoje, fui ver ao Jornal do Fundão e diz “Para já, a CP nada diz sobre horários e preços de bilhetes. Nem tão pouco sobre o tempo de viagem.” Sem estas informações, estas obras não passam de propaganda, pois ninguém vai usar esta linha se a duração da viagem for em muito superior aos 45 minutos (que até na estrada velha se conseguem). PS: dito isto, e como utilizador esporádico do comboio para ir a Viana (sendo que Porto-Viana demorava mais tempo que Lisboa-Porto no Alfa), só não levar com o fumo já é muito bom.
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Andar de comboio é passear.
Se quero passear gosto de curtir a paisagem; a velocidade deixo-a para o avião.
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Andar de comboio é trabalhar. Três horas de calma e silêncio, em vez de duas de stress, para ficar parado nos Carvalhos, na VCI e, depois, rezar por um lugar para estacionar.
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É bem capaz. Nesse caso faz o pleno para quem pode ou quer.
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TAP vs CP, confronto de Titans.
Se juntarmos a BRISA, temos um monopólio muito interessante.
Se analisarmos as alternativas de transporte Porto-Lisboa, uma devia ser mais fiável, outra devia ser mais barata e outra devia ser mais mais rápida.
A melhor opção depende muito do planeamento e das comparações para racionalizar esta loucura.
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TAP vs CP, confronto de Titans.
Se juntarmos a BRISA, temos um monopólio muito interessante.
Se analisarmos as alternativas de transporte Porto-Lisboa, uma devia ser mais fiável, outra devia ser mais barata e outra devia ser mais mais rápida.
A melhor opção depende muito do planeamento e das comparações para racionalizar esta loucura.
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Estranhamente esta é uma das questões que apoio, porque sempre a vivi e é daquelas que não precisam de gretas para a agit prop.
Fiz Portugal inteiro, incluindo Madeira e Açores de transporte público (para trabalho) e não trocaria essa experiência por nada.
Foi mesmo por esse meio que percebi muita coisa que é genuína e que de carro ninguém entende porque isso é turismo onde conta a rapidez e os restaurantes.
Há mesmo muita gente do povo que não tem carro porque Portugal não é a América (ao contrário do que a geração Amazon faz crer).
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Claro que o preço tem a ver com outra coisa. É mais ou menos do género de uns preferirem Mac a PC.
O luxo não é um detalhe comezinho utilitário, meramente na perspectiva burguesa.
Andar de combóio é por esses locais lindíssimos é uma aproximação a luxos perdidos de outros tempos.
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Como a viagem de combóio, há poucos anos. A vapôr em parte da linha do Douro.
Um luxo, de regresso ao passado.
Combóio cheio, logo de algum modo sustentável.
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Em Espanha já estão no AVE…
https://www.vialibre.org/noticias.asp?not=31271&cs=infr
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