3×30 – A redes sociopatas
A era covid, com mais de um ano, serviu para testar a teoria de que redes sociais aproximam pessoas. Presumindo que cada caso é um caso por cada rede ser única a um indivíduo, não posso relatar mais que a minha experiência.
As pessoas estão más, zangadas, mesquinhas e sobretudo sem sentido de humor. Recordo com carinho quando o meu pai, homem nortenho, descrevia a casa futura como quinta das tabuletas pouco tempo antes de morrer. Nas redes já não encontro isto. Não há riso preparatório para o choro. Há, sim, uma certeza em certezas de cada um que torna diálogos em exposições de virtude.
A atracção anterior desvaneceu. Salvo as situações de divulgação de coisas da minha vida, como actividades escolares, não encontro utilidade em máquinas de criação de inimigos artificiais. Não se trata de uma epifania: trata-se sobretudo de constatar que o preço na etiqueta é demasiado para o meu bolso.
há 65 anos cantavam uma canção americana com a letra
‘ matam-se pretos na América
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