Selminho e Rui Moreira
Caso os timings do processo Selminho sejam politicamente motivados (como não é inverosímil), tal reflete a imensa incompetência da oposição local.
Rui Moreira tem tido uma gestão autárquica repleta de decisões criticáveis e com variadíssimos exemplos contrários a políticas públicas para uma cidade que se quer mais solta, atractiva, dinâmica e livre. E a par da confrangedora inabilidade da oposição, é curioso verificar a falta de sentido crítico de muitos daqueles que hoje constituem, grosso modo, a sua área político-ideológica.
Se objectivamente não se pode dizer que Rui Moreira seja um mau presidente de Câmara, será justo reconhecer que a cidade do Porto é hoje muito diferente do que era há 10-15 anos, com dinamismo económico, social e cultural em grande medida catalizados pela abertura da base da Ryanair em 2009/10.
Que não se confunda correlação com causalidade e nem se ofusque o risco e rasgo que os investidores e a iniciativa privada tiveram ao longo de todo este tempo, frequentemente apesar dos poderes contingentes e invariavelmente indiferentes a egos e agendas políticas.

Oposição a Rui Moreira?
Onde?!
Quando?!
GostarGostar
Não consigo perceber muito bem o que é que o Telmo quer dizer com este texto.
No segundo parágrafo Rui Moreira é um mau presidente repleto de decisões criticáveis e variadíssimos exemplos de má gestão da coisa pública. No terceiro parágrafo não é um mau presidente e a cidade do Porto é hoje diferente e melhor. No quarto e último parágrafo, o investimento privado é o responsável pela dinamização da cidade.
A salada de frutas que você fez aqui dá para tudo. Menos para perceber o que é você nos quer dizer afinal.
GostarGostar
Deixe-me dizer o que você deveria ter dito.
Que Rui Moreira vai a julgamento. E que caso se venha a apurar que é culpado (tudo indica que sim), Rui Moreira foi um mau Presidente de Câmara. Ponto!
Qualquer bem que tenha feito no exercício das suas funções, perde todo o seu valor pelos crimes que cometeu de prevaricação e abuso de poder. Particularmente mau no caso de Rui Moreira, porque se apresentou como um candidato independente do sistema politico o qual considerava incapaz e refém de um sistema de interesses. Ele usou da sua suposta independência desse sistema de interesses para pedir o voto de confiança dos eleitores. A ser condenado, é portanto também, para além de criminoso, um hipócrita e um mentiroso de primeira linha, que fez um mal maior à causa pública ao atirar uma nódoa difícil de limpar à sociedade civil e à acção politica independente.
Estou-me perfeitamente nas tintas que Rui Moreira tenha servido desde 2013 de travão à inevitável transição do Porto para mãos Socialistas (*). É preciso devolver à politica a honradez e o sentido de serviço à causa pública. Não se faz isso dobrando-nos para a frente. É mesmo gritando bem alto que estamos fartos de gente de merda!
(*) Rui Rio é tão bom autarca, que praticamente sozinho garantiu que o PSD não volta a ganhar naquela cidade por muitos anos. Ainda há que há quem elogie esta nódoa.
GostarGostar
caso se venha a apurar que é culpado (tudo indica que sim)
Acha? O Ministério Público tem uma longa história de acusar pessoas que depois são ilibadas em julgamento. Em particular, de acusar políticos.
Tudo indica que esta acusação está completamente desprovida de fundamento. Como é usual, o Ministério Público acusa na base de presunções de culpabilidade (tipo: este indivíduo é político, logo deve ser desonesto e andou a roubar) e não na base de quaisquer provas.
GostarGostar
Parece-me útil dizer o seguinte sobre o processo Selminho, sem ir ao caso concreto:
Segundo se sabe este processo já foi alvo de decisões contraditórias, até pelo MºPº. Primeiro no TAF do Porto, na parte administrativa, foi arquivada a participação da CDU contra o autarca.
O MºPº no DIAP, na parte criminal decidiu acusar e sustentar que há bases factuais e probatórias suficientes para uma condenação, entendendo por isso mais provável um condenação do que uma absolvição.
A instrução realizada conduziu ao mesmo resultado e é aqui que se deve dizer o seguinte: normalmente, a instrução, em casos semelhantes, é no sentido indicado, ou seja, de pronúncia. Mas, mesmo que a juiza de instrução tenha referido a existência de indícios sólidos”, a verdade é que em julgamento tal solidez por vezes esboroa-se. A instrução é facultativa e quem a requereu foi Rui Moreira. Por isso, sibi imputet. Poderia não ter requerido e ido directamente para julgamento. Acho que cometeu um erro táctico, nesse aspecto.
Os juízes de um colectivo normalmente são mais ponderados do que o juiz de instrução ( excepto o Ivo Rosa que é uma avis rara) e nem sempre o que reluz numa acusação se torna em ouro.
Pelo que me foi dado ler, os indícios probatórios contra Rui Moreira são fracos e não me espantaria uma absolvição.
GostarGostar
inverosímil sff
GostarGostar
Atirei o pau no gato
Mas o gato não morreu
Dona Chica admirou-se
Do berro, do berro que o gato deu
GostarGostar
Miau…
GostarGostar
E apetece-me dizer mais uma coisa, pequena mas de grande significado, para mim:
o MºPº parece-me ter entrado numa deriva justicialista que tem muito a ver com quem manda no MºPº do Porto, actualmente.
Dá a impressão que o MºPº só cumpre a sua tarefa quando acusa, a eito, propõe medidas drásticas e duras e defende condenações em penas de prisão efectivas. Menos que isso é derrota ou perder pontos, como se isto fosse uma espécie de campenonato de coisa que não se percebe o que seja.
Este MºPº é pernicioso e prejudicial à causa da Justiça e nem sempre foi assim.
Tal parece-me errado porque a justiça não é necessariamente isso e muitas vezes não é mesmo e será até a iniquidade e o abuso, do Estado, neste caso na Justiça.
A Justiça e o MºPº só têm um caminho e não há atalhos: a verdade material obtida através de lealdade processual e competência suficiente na análise de indícios que sejam considerados “suficientes”.
Quando tais indícios assentam em suposições ou até em meras presunções de comportamentos equívocos, apenas com a fézada do costume e eivada por vezes de certos preconceitos e tendências justicialistas, tal não se consolida de modo algum.
Os tribunais existem para julgar factos e comportamentos, por isso, veremos como será, no caso.
E se o MºPº “perder” será tempo de se tirarem ilações e responsabilizar quem assim procede. E não é muita gente. É preciso dar os nomes aos “boys”. E já agora, as “girls” que já são mais que as mães
GostarGostar
Pois. Excelente comentário.
GostarGostar