A carga pronta metida nos contentores
Regista-se uma subida dos preços das matérias-primas nos mercados mundiais, faltam produtos nas prateleiras dos supermercados em alguns países, há escassez de componentes para automóveis ou computadores, atrasos nas entregas de mercadorias e, em geral, assiste-se a uma série de graves disrupções nas cadeias de fornecimento e comércio internacional.
Mas se a comunicação social lhe disse que o grande culpado desta situação é a covid, mentiram-lhe!
Tudo isto resulta directamente ou foi fortemente agravado por decisões dos governos e de políticos.
Se hoje já é evidente para muitos (e cada vez mais pessoas) que a esmagadora maioria das medidas ditas sanitárias adoptadas pelos governos a pretexto da covid19 foram totalmente estúpidas, largamente ineficazes e muitas vezes contraproducentes em termos de saúde pública, os efeitos destas intervenções estatais na vida das pessoas tornam-se agora mais claros.
Os decisores políticos decretaram suspender ou limitar fortemente a actividade da indústria e dos negócios, mandaram trabalhadores para casa, colocaram em confinamentos sucessivos pessoas saudáveis. Fechadas em casa sem poder viajar, fazer férias, frequentar espectáculos ou cinemas, sem ginásios ou jantares em restaurantes os consumidores em isolamento ou teletrabalho foram induzidos pelos governos a alterar os seus padrões de consumo habituais e com os apoios de layoff e injecções de dinheiro e subsídios públicos na economia, as pessoas em vez de serviços aumentaram as suas compras de bens como equipamentos electrónicos, artigos para casa, equipamentos de fitness, etc.
Mas ao mesmo tempo, as fábricas fecharam ou reduziram drasticamente a sua produção, os motoristas de pesados deixaram de estar na estrada e ficaram em isolamento profilático, os trabalhadores dos portos e tripulações de cargueiros de mercadorias deixaram de estar disponíveis em número suficiente. Apenas um exemplo: com a detecção de um teste positivo à Covid num único trabalhador de 34 anos, totalmente vacinado e assintomático, o terceiro maior porto do mundo fechou por completo durante duas semanas.
A carga pronta e metida nos contentores fica parada, os navios de transporte acumulam-se às dezenas nos portos, o tráfego marítimo reduz-se significativamente, deixa de haver paletes e contentores para acomodar novas encomendas, os custos de transporte e logística disparam. O sistema de transporte e comércio internacional está em pré-colapso, os estrangulamentos estão à vista de todos.
E não se pense que estes problemas afectam apenas a burguesia ou aqueles que passaram a usar o ZOOM como a sua ferramenta de trabalho preferida. Não só escasseiam alguns produtos alimentares como o preço dos alimentos também subiu. O número de pessoas em situação de insegurança aumentou, e só nos Estados Unidos este problema duplicou colocando agora 23% das famílias em risco de passar fome.
A intervenção dos governos resulta em consequências que não se podem planear nem prevêr em toda a sua extensão, produzindo um efeito de cascata em centenas de setores e segmentos da sociedade. Para surpresa de muitos a economia não funciona como um interruptor de luz, ora liga, ora desliga. Enfim, a ideia de que uma economia pode ser fechada sem critério e retomada sem consequências de largo espectro, é criminosa. Só poderia vir da mente de indivíduos e decisores políticos sem nenhuma compreensão ou consideração pela extraordinária interdependência do sector produtivo e a enorme complexidade do funcionamento da sociedade. Só poderia vir de socialistas e estatistas de todos os quadrantes políticos.
O meu vídeo de hoe, aqui:
Ora, ora…
Mas a vida é o mais importante…
Evitar que morram alguns milhões de pessoas, que se não morreram no Inverno passado morrem neste, justifica mandar muito mais milhões para o desemprego, e desorganizar a vida de muitos mais.
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Desde que não seja consigo, né, Zé? Os outros que se danem… quem lhes manda ser velhos e/ou doentes?
Não que eu defenda a histeria covideira: houve inúmeros exageros e absurdos, em Portugal e em todo o lado. Mas esse egoísmo atroz quase faz ter vontade de confinar três meses. É pena não dar para confinar só direitalhas.
Os preços sobem, a economia cai, chora o Telmo. Fácil: é taxar os mamões. É acabar com monopólios e oligopólios; acabar com a banca privada; confiscar offshores e riqueza excessiva. Colocar a economia ao serviço do planeta, em vez de encher os 0,001%. Fácil, né? Bem podemos esperar sentados.
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Há dois tipos de pessoas. Um deles conhece a figura de estilo chamado sarcasmo. O outro tem quociente de inteligência medido por um número que multiplicado por si mesmo dá um número, o qual, subtraído pelo módulo de si próprio, tem o resultado zero.
Tem três soluções. O Atento consegue-me dizer quais são? Escolha a solução que mais lhe convier.
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O Atento não percebeu o essencial do comentário.
“se não morreram no Inverno passado morrem neste”
É uma tragédia uns milhões de idosos não viverem sabe se lá em que condições mais um ano, ou dois.
Jovens irem para o desemprego, e ficarem com a vida em banho Maria meia década, não há problema…
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O jornalismo é o maior problema no ocidente.
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Gostei muito daquela “colocar a economia ao serviço do planeta”. Esta gente é do ramo da metafísica né?
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Quer-me cá parecer que é mais da “estupidez iluminada e encartada”… A metafísica é algo de intelectualmente fascinante e dá trabalho, que é coisa que esta malta não sabe o que é!
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Também não precisava ser tão explicito . E eu com todos os cuidados hein?
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No tempo das outras bancarrotas qual era a covid?
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era e é o socialismo…aquele covid que nos levará para as outras até venezuelarmos totalmente e atentamente
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Sem duvida que a intervenção dos governos foi desastrosa, mas não é menos verdade que aquilo que andámos a aprender nas universidades, durante anos, como o lean management, stock zero, fazer mais com menos, etc está à vista que é uma treta.
Trabalho em comercio internacional há mais de duas décadas e sabem uma coisa: as cadeiras de abastecimento mundiais estavam coladas com fita cola. Se com um soluço num país abana tudo, imaginem um sufoco de ano e meio… Isto ainda nao é nada, o pior está para vir.
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O “lean management, stock zero, fazer mais com menos”, não é uma treta quando assente em bases seguras. E não há dúvida de que, em muitos casos, se arriscou para além do necessário. Mas a actuação dos nossos governantes, ao irem atrás dos asiáticos, decretando confinamentos a torto e a direito, também devem ser responsabilizados por este desastre.
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O problema está mesmo nas bases seguras, isso em logística não existe, pelo menos a 100%, tal é a variedade de factores.
Sabe a quantidade de intervenientes e burocracia para embarcar um contentor? Carregador, porto, estivadores, armador, despachante, alfandega, transportador rodoviário, transitário, etc, agora meta os mesmos intervenientes no país de destino.
Se assim já é o que vemos, imaginemos quando os governos metem o bedelho, só dar asneira da grossa, como estamos a ver. Isso e um povo acéfalo que pensa que a comida nasce nos supermercados…
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Sim, tem razão, mas aqueles princípios não se aplicam apenas aos casos das matérias-primas/mercadorias transportadas em contentores. E, é claro, não podem ser seguidos cegamente.
Além disso, os governantes, ao decretarem confinamentos, deviam ter presentes estas questões e atribuir-lhes a grande importância que elas têm para a economia e para as pessoas. O que, em muitos casos, manifestamente não aconteceu.
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E esta não está dentro da normalidade?
https://observador.pt/2021/10/20/jovem-morre-apos-ser-esfaqueado-na-estacao-de-metro-das-laranjeiras-em-lisboa/
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A arma era branca. É racismo.
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