Há críticas e críticas e críticas
Algumas das críticas aos liberalismos nem merecem atenção por manifesta falta de base.
Outras merecem reflexão. De entre estas, salientam-se as que chamam a atenção para a parte da realidade que muitos liberais gostam de minimizar e que, por vezes, é excessivamente óbvia.
A maior parte dos insucessos históricos do liberalismo devem-se ao mesmo vício de raciocínio: no afã de aplicar uma fórmula beatificada pelas palavras dos seus evangelhos que tanto gostam de glosar, na ânsia pretensiosa de julgarem ver mais longe, esquecem-se daquilo que está defronte dos seus próprios olhos. E desdenham a resposta concreta para os problemas mais candentes do quotidiano da generalidade das pessoas. Ora, numa democracia liberal, para o bem e para o mal, a política é feita dessas respostas.
João Gonçalves não é liberal e, suspeito, nem sequer democrata. Claro que a sua crítica peca pela interpretação extensiva. Claro que mete tudo no mesmo saco. Claro que quer atordoar vários ‘coelhos’ com a sua cajadada sendo que alguns nem ali pertencem.
Mas João Gonçalves soube aproveitar a oportunidade – i.e., o flanco generosamente oferecido por aqueles que em nome da sua doutrina parecem não ligar nenhuma às enormes dificuldades que muitos estão a passar com a crise que se agrava de dia para dia. E para quem as posições vagamente etéreas e a tresandar de intelectualismo vácuo que muitos liberais têm exibido até podem soar a sarcasmo.
“De entre estas, salientam-se as que chamam a atenção para a parte da realidade que muitos liberais gostam de minimizar e que, por vezes, é excessivamente óbvia.
A maior parte dos insucessos históricos do liberalismo devem-se ao mesmo vício de raciocínio: no afã de aplicar uma fórmula beatificada pelas palavras dos seus evangelhos que tanto gostam de glosar, na ânsia pretensiosa de julgarem ver mais longe, esquecem-se daquilo que está defronte dos seus próprios olhos. E desdenham a resposta concreta para os problemas mais candentes do quotidiano da generalidade das pessoas”
Fala, fala, fala, mas não diz nada…
Em alguns exames cheguei a fugir por esta via pseudo-sufista.
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«Fala, fala, fala, mas não diz nada…»
Digo.
V. é que não entendeu.
Quanto a isso só me resta lamentar.
É a vida…
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Uma mea culpazeca, sim senhor. Gostei de ler.
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Eu iria mais longe. Ele está também a criticar os liberais que, perante um mercado não-concorrencial como o dos combustíveis, onde existem barreiras à entrada impostas pelo Estado, afirmam que a concorrência existe.
Continuo à espera de ver um post a defender a liberalização do licenciamento para os hipermercados. Ora, o que tenho visto até aqui, são posts do João Miranda a afirmar que a concorrência existe.
A mim, isso não me parece liberalismo. Parece-me reacção pavloviana de simpatia pelos lucros das grandes corporações. Que a mim não me chocam nada, per si, se forem obtidos de forma justa, concorrencial, e não protegida pelo Estado. E no mercado da energia, esse não é o caso.
Os preços do mercado de combustível são, de facto, os adequados…para um mercado de concorrência condicionada. Eu preferia os preços de mercado livre. E penso que seria coerente por parte dos liberais preferi-los também.
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Li o post do João Gonçalves e não consegui perceber exatamente o que é que ele defende, se é que defende alguma coisa.
Como não percebo o que ele defende, nem sequer posso criticar aquilo que ele defende.
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PMS,
o problema não é a concorrência no mercado dos combustíveis PORTUGUÊS não existir. É evidente que a concorrência nesse mercado é bastante imperfeita, mas não é esse o problema. O problema é o preço dos combustíveis nos mercados INTERNACIONAIS estar a subir. Esse é que é o problema, e nada podemos fazer contra ele. Mesmo que a concorrência no mercado dos combustíveis português fosse perfeita, os combustíveis pouco mais baratos seriam do que o que são, e o seu preço estaria a subir em flecha da mesma forma que está.
Ou seja, Você, e o João Gonçalves, estão a atirar ao alvo errado.
Não vale a pena acusar o mercado PORTUGUÊS de ser imperfeito, quando o problema da subida de preço dos combustíveis não radica nele e sim no mercado INTERNACIONAL.
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««Continuo à espera de ver um post a defender a liberalização do licenciamento para os hipermercados. Ora, o que tenho visto até aqui, são posts do João Miranda a afirmar que a concorrência existe.
A mim, isso não me parece liberalismo. »»
O que é então liberalismo? Será defender o contrário daquilo que os factos mostram? Os factos mostram que a subida dos preços dos combustiveis não resulta da falta de concorrência. Segue-se que é irrelevante tentar introduzir mais concorrência para resolver aquilo que é um problema de escassez. Estar a discutir concorrência neste contexto, quando ninguém a quis defender no momento apropriado, é perda de tempo.
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Luís Lavoura,
«Li o post do João Gonçalves e não consegui perceber exatamente o que é que ele defende, se é que defende alguma coisa.»
Ele está a criticar uma posição e não propriamente a defender a sua própria.
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««Os preços do mercado de combustível são, de facto, os adequados…para um mercado de concorrência condicionada. Eu preferia os preços de mercado livre. E penso que seria coerente por parte dos liberais preferi-los também.»»
Convinha em primeiro lugar mostrar em que que o mercado não é livre e em segundo lugar mostrar que os preços desceriam significativamente se o mercado fosse mais livre.
O que temos visto é que a concorrência na distribuição faz descer o preço no máximo em alguns cêntimos, estando a GALP numa posição estratégica que lhe permite comer esses cêntimos aumentando a margem da refinação.
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««Ele está a criticar uma posição e não propriamente a defender a sua própria.»»
CAA,
Já agora, quais são os argumentos João Gonçalves?
O João Gonçalves parte da premissa de que o aumento de preços dos combustíveis se resolvia com introdução de concorrência. Diz que isso se pode ver todos os dias. Ora, eu não vejo nada disso e gostava de ver uma demonstração.
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João Miranda,
É redutor da discussão limitá-la ao problema dos combustíveis. O facto é que os nossos liberais de serviço parecem viver dentro de uma bolha de ar e nunca apresentam uma única solução ou caminho para qualquer problema concreto. Até parece que isso não interessa nada porque supostamente “o mercado livre resolve os problemas todos”.
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««É redutor da discussão limitá-la ao problema dos combustíveis. O facto é que os nossos liberais de serviço parecem viver dentro de uma bolha de ar e nunca apresentam uma única solução ou caminho para qualquer problema concreto. Até parece que isso não interessa nada porque supostamente “o mercado livre resolve os problemas todos”.»»
Os liberais apresentam uma solução bastante simples: não deixem os socialistas mexer nos mecanismos de mercado. Se a Lololinhazinha não gosta dessa solução, eu não lhe vou dar outra só para a fazer feliz. Se eu considero que as soluções propostas pelos socialistas são, por regra, soluções que destroem soluções muito melhores geradas pelo mercado, o que é que quer que eu lhe faça? Que defenda o contrário?
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“Os liberais apresentam uma solução bastante simples: não deixem os socialistas mexer nos mecanismos de mercado. ”
Não chega, João Miranda. O problema é esse. Não chega! O mercado não resolve tudo porq
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««Não chega, João Miranda. O problema é esse. Não chega! O mercado não resolve tudo porq»»
O meu objectivo não é resolver tudo. É impedir que os governantes destruam os mecanismos de mercado e impeçam que o mercado resolva o que pode resolver. Se a Lololinhazinha espera que o Estado resolva tudo, então será presa fácil de populistas que lhe prometerão precisamente isso mas que apenas conseguirão impedir o mercado de funcionar.
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Pedi à minha tia Jesuina para me explicar o texto do João Gonçalves, mas ela diz que agora está a fritar carapaus.
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Eu não espero que o Estado resolva tudo. Mas gostava que os liberais admitissem os efeitos colaterais da liberalização e apresentassem algumas possíveis soluções para esses efeitos colaterais. Parecia-me muito mais credível do que a insistência no mito de que tudo se resolve sem a intervenção do estado. Enquanto os liberais nem sequer conseguirem admitir os efeitos colateriais negativos do liberalismo (todos os sistemas os têm), limitando-se a tratar o problema como se não existisse, há-de convir que terão sérias dificuldades em fazer-se ouvir.
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O que é tanto mais grave quanto é certo que um determinado discurso liberal radical tem aniquilado qualquer possibilidade séria de implementação de forma de liberalismo mais moderado (esse que, pelo menos, consegue admitir a existência de efeitos negativos nas políticas liberais).
Não percebo se os liberais portugueses não vêem isso ou se nem sequer querem saber. Eu, por mim, se defendesse um sistema, se acreditasse nele, se quisesse que a sociedade o adoptasse tratava de o credibilizar, começando por admitir as falhas e propor remédios. O que não pode ser é esta postura quase infantil de quem fala do liberalismo como se fosse a terra do preste joão.
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««Mas gostava que os liberais admitissem os efeitos colaterais da liberalização e apresentassem algumas possíveis soluções para esses efeitos colaterais.»»
A Lololinhazinha comete um erro comum que é o de pensar que por haver um problema tem de haver uma solução.
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“João Gonçalves não é liberal e, suspeito, nem sequer democrata.”
Pelo menos no blog dele democracia não há nenhuma.
Experimentem fazer lá um comentário que discorde dele.
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“…erro comum que é o de pensar que por haver um problema tem de haver uma solução.”
É uma política porreira, essa de dizer que os problemas podem não ter solução.
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“A Lololinhazinha comete um erro comum que é o de pensar que por haver um problema tem de haver uma solução.”
A mim parece-me que esse tipo de afirmações o coloca directamente naquele tipo de liberais que o seu amigo CAA critica neste post.
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««A mim parece-me que esse tipo de afirmações o coloca directamente naquele tipo de liberais que o seu amigo CAA critica neste post.»»
Eu orgulho-me de ser o tipo de liberal criticado no post.O liberalismo não existe para dar respostas concretas aos problemas do dia à dia. Essa é a função do socialismo. O socialismo dá respostas concretas aos problemas do dia à dia. O liberalismo explica porque é que essas respostas estão erradas.
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««O que é tanto mais grave quanto é certo que um determinado discurso liberal radical tem aniquilado qualquer possibilidade séria de implementação de forma de liberalismo mais moderado (esse que, pelo menos, consegue admitir a existência de efeitos negativos nas políticas liberais).»»
Que formas de liberalismo mais moderadas? Pode dar um exemplo?
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“O socialismo dá respostas concretas aos problemas do dia à dia. O liberalismo explica porque é que essas respostas estão erradas.”
Ó carago ! Se não houver socialismo, de que vai viver o liberalismoo ?
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“O socialismo dá respostas concretas aos problemas do dia à dia. O liberalismo explica porque é que essas respostas estão erradas.”
Temos então que o liberalismo, visto por si, é uma espécie de diccionário de erros do socialismo.
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Caro CAA,
Este post é a crítica certeira ao seu próprio artigo no CM !!
O liberalismo do artigo, é teórico, e a receita aplicada ao caso português criaria uma situação dramática e explosiva.
Subscrevo o presente post pela crítica que faz aos fundamentalistas liberais que acabariam a curto prazo com qualquer tipo de segurança social e suporte à indigência real. Cortar os subsídios a quem tem meios para sobreviver sem eles, penso que é consensual.
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O Liberalismo em Portugal viveu até ao desastre de 1910, sempre contou com a poderosa mão do estado para suprir a debilidade da iniciativa privada nacional. Não me parece que o quadro seja hoje substancialmente diferente, até porque esse Estado tem premente necessidade dos impostos para manter as clientelas. Existe uma solução: descubram petróleo …
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Queria dizer, …”em que Portugal viveu”…
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Nunca encontrei um Liberal que tivesse problemas de dinheiro.
O Liberalismo vem com a barriga cheia, com um “eu consegui”.
O que é engraçado é que, por vezes, tipos como o JoãoMiranda mudam rápidamente do Liberalismo para o Socialismo quando o Santo Mercado dá uma chicotada para o lado errado.
Acredito que alguns Liberais americanos (essa grande nação) tenham-se sentido bastante socialistas até o Fed abrir os cordões à bolsa.
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««O Liberalismo em Portugal viveu até ao desastre de 1910, sempre contou com a poderosa mão do estado para suprir a debilidade da iniciativa privada nacional.»»
Não me diga que o Estado tinha receitas próprias.
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Diz o JM:
“O liberalismo não existe para dar respostas concretas aos problemas do dia à dia. Essa é a função do socialismo. O socialismo dá respostas concretas aos problemas do dia à dia. O liberalismo explica porque é que essas respostas estão erradas.”
Estou com o JM, não vejo porque seja necessário apresentar soluções concretas para todos os problemas do dia-a-dia. Ha coisas que, pura e simplesmente, não têm solução aparente. Só o tempo, e a acção das pessoas, as resolvem.
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Lololinhazinha, quais são, exatamente e concretamente, os “efeitos colaterais [negativos] da liberalização” que Você tem em mente?
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Luis Lavoura,
Os efeitos colaterais que eu tenho em mente são as consequências sociais do liberalismo. Designadamente, a exclusão social e a falta de apoio para aqueles habitantes do reino do Preste João que se dariam menos bem.
Preocupa-me muito que grande parte dos liberais portugueses (e o movimento de que faz parte não tem nada a ver com este liberalismo aqui do blasfemias) se mostre tão avessa a qualquer questão social. Essa componente individualista do liberalismo é o seu pior cancro. Uma sociedade economicamente liberal só me parece possível num contexto de uma sociedade socialmente solidária. Olha-se para o caso português e percebe-se que na sociedade portuguesa não há nenhuma espécie de consciência social. Particularmente, por parte dos liberais de direita.
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Imagine-se o que acontecia se amanhã acordássemos num país liberal à João Miranda. Tipo, sem salários mínimos, sem que o estado tenha obrigação se assegurar cuidados médicos, em que a única lei que funciona é a sacrossanta lei do mercado, em que as pessoas – que podem escolher “livremente” – ficam totalmente à mercê da livre contratação, etc, etc…
Num sistema que, segundo parece, não tem qualquer solução para os seus próprios efeitos negativos, porque acha que não compete a nenhum sistema resolver os problemas práticos.
Eu concordo com algumas medidas liberais, mas quando leio algumas coisas que o joão miranda escreve percebo perfeitamente porque é que o liberalismo, em portugal, tem mais dificuldades em se fazer ouvir que o movimento neo-nazi. Há posições e afirmações que de tão teóricas e desfazadas da realidade descredibilizam qualquer forma de liberalismo. Afinal de contas, ainda há relativamente pouco tempo andavam por aí a dize que o pai do liberalismo em portugal é, nem mais nem menos, do que esse professor que até acha que a escravatura não é necessariamente uma coisa má. É por estas e por outras…
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Lololinhazinha,
Gostei de ler os seus comentários.
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«Os efeitos colaterais que eu tenho em mente são as consequências sociais do liberalismo. Designadamente, a exclusão social e a falta de apoio para aqueles habitantes do reino do Preste João que se dariam menos bem.»
Curiosamente, o nosso estado “moderado” e com grandes preocupações humanistas (financiadas com cerca de metade do PIB) não impede os seus próprios problemas sociais… É engraçada a insistência em modelos intervencionistas cujo insucesso está tão abundamente demonstrado ao longo de cerca de um século, alegando que um sistema liberal é que criaria problemas sociais…
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“Curiosamente, o nosso estado “moderado” e com grandes preocupações humanistas (financiadas com cerca de metade do PIB) não impede os seus próprios problemas sociais… ”
Pois, não. Não impede. Mas substitua-o por um modelo liberal puro e duro, num contexto em que não existe qualquer solidariedade social, como é o caso português e veja quais são os resultados.
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«Pois, não. Não impede. Mas substitua-o por um modelo liberal puro e duro, num contexto em que não existe qualquer solidariedade social, como é o caso português e veja quais são os resultados.»
Com que base afirma que não existiria “solidariedade social” num modelo liberal (whatever that is)? Se com um peso do estado de 50% existem inúmeras iniciativas privadas de solidariedade social, o que a leva a assumir que diminuindo o peso do estado essas iniciativas não aumentariam? Como pode reconhecer que o nosso caríssimo estado (financeiramente) não resolve nada e simultaneamente afirmar que outra alternativa com menos estado seria pior? Afinal quanto estado será suficiente para poder resolver os “problemas sociais”? 60% do PIB? 70%? 100%?
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O Liberalismo aplicado em Portugal iria fazer com que aumentasse a pobreza, iria dar demasiado poder decisório e os outros ou comiam ou calavam.
Onde fica a defesa do índividuo??
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Migas,
Iniciativas privadas de solidariedade social é uma coisa que praticamente não existe em portugal. Não sei onde vê as “inúmeras”. Como sabe, essas não dependem de se pagar mais ou menos impostos porque as pessoas não pensam assim: Com aquilo que poupo nos impostos vou dar aos pobres.
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“Iniciativas privadas de solidariedade social é uma coisa que praticamente não existe em portugal.”
O estado nacionalizou a solidariedade. A esquerda escarnece da caridade privada e apenas louva a caridade pública.
A maior parte das pessoas lava as mãos em relação a qualquer atitude de solidariedade que entendem ser da responsabilidade de quem lhes leva o couro e o cabelo em impostos.
Experimente-se estebelecer uma dedução directa e integral no IRS e no IRC de contribuições para solidariedade social, ainda que limitadas em valor e veja-se o que aconteceria.
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“Mas substitua-o por um modelo liberal puro e duro, num contexto em que não existe qualquer solidariedade social, como é o caso português e veja quais são os resultados.”
Não só a existência de safety nets é aceite por quase todos os liberais que conheço, como é um absurdo dizer que com menos estado não haveria solidariedade, até porque a necessidade de solidariedade é fortemente amplificada pelo estado e pelas suas políticas fiscais desincentivadoras do crescimento e do investimento.
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lololinhazinha
O que “os puros e duros” propôem é a caridadesinha.Os chás dançantes.A carmesse de feira.
Pior que um Estado ladrão e ineficaz é esta apetência para a mão na frente e a outra atrás,o desgraçado a quem “eu” ajudo!
Vês,Pai,como eu sou solidário? (entre dois wiskies e três arrotos)
Tenho dificuldade em aceitar que pessoas que tiveram sorte na vida,por terem tido oportunidades que outros não tiveram,façam de conta que não há gente para além do mercado!
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«Iniciativas privadas de solidariedade social é uma coisa que praticamente não existe em portugal. Não sei onde vê as “inúmeras”.»
Que não vê, eu entendo. Isso não quer dizer que não existam. Existem dezenas de milhares de voluntários nas mais variadas organizações não governamentais. Isso também conta. A última recolha do Banco Alimentar bateu todos os records. É pouco? Talvez. Melhor que o nosso gordo estado? Sem dúvida.
«Como sabe, essas não dependem de se pagar mais ou menos impostos porque as pessoas não pensam assim: Com aquilo que poupo nos impostos vou dar aos pobres.»
Por acaso existem estudo empíricos que mostram justamente que com maior rendimento disponível aumentam as contribuições filantrópicas. É tão evidente que não percebo as dúvidas.
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«Vês,Pai,como eu sou solidário? (entre dois wiskies e três arrotos)»
Comenta o imbecil que prefere ser humanista com o dinheiro dos outros.
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“Imagine-se o que acontecia se amanhã acordássemos num país liberal à João Miranda. Tipo, sem salários mínimos”
Como na Austria, na Dinamarca ou na Finlândia?
“sem que o estado tenha obrigação se assegurar cuidados médicos”
De assegurar cuidados médicos ou de assegurar que todos tem acesso a cuidados médicos?
“em que a única lei que funciona é a sacrossanta lei do mercado”
Acha mesmo que não há leis nos estados liberais???
“,em que as pessoas – que podem escolher “livremente” – ficam totalmente à mercê da livre contratação, etc, etc…”
Quantos novos contratos não seriam feitos, quantas novas empresas não seriam criadas e quantos novos empregos não surgiriam se se eliminassem as restrições artificiais à contratação…
“Num sistema que, segundo parece, não tem qualquer solução para os seus próprios efeitos negativos, porque acha que não compete a nenhum sistema resolver os problemas práticos.”
Em Portugal temos um problema de desemprego causado pelo estado e pelas leis laborais iliberais. Em Portugal temos um problema de habitação causado pela lei das rendas. Temos um problema de mobilidade causado por impostos absurdos. Temos um problema de investimento causado pela fiscalidade excessiva necessária para suportar o custo da ineficiência do próprio sistema. E agora pergunta-se que soluções teriam os liberais para os problemas que só existem em grande parte pela falta de liberalismo… As soluções são, em grande parte, não deixar criar o problema.
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O Migas deve ter pertencido ao Movimento Nacional Feminino!Estava,eu,numa cama de um hospital militar, ali na Ajuda e fui visitado por umas tias.Deram-me um pacote de bolachas!Isto no fim de 11 dias de internamento,com 22 anos de idade!
Se é solidário faz muito bem mas não conte histórias da corochinha.
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“Vês,Pai,como eu sou solidário? (entre dois wiskies e três arrotos)”
Claro. É muito melhor ser solidário com o dinheiro dos outros. Lava-nos a consciência e não nos pesa na carteira.
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JCD
Claro que sim, não tenho dificuldade nenhuma em aceitar o que diz.Mas acredita mesmo que neste país,agora,é possível deixar morrer o SNS, a SS ?
Com gente que nunca (nunca!) teve uma oportunidade na vida,de estudar,de ter uma casa decente,um salário decente?
Enquanto houver miséria e gente a pensar como o Migas, o Estado em Portugal não enfraquece !
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“Mas acredita mesmo que neste país,agora,é possível deixar morrer o SNS, a SS ?”
O SNS não precisa de morrer. O estado pode assegurar o acesso de todos aos serviços de saúde, pelo menos dos que não podem pagar, através da dedução directa no imposto a pagar (que pode até ser negativo, para os mais necessitados) Não me parece é que o estado tenha vocação para gestor de clínicas e de hospitais.
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Vêm como o Migas é solidário e generoso?Já sou imbecil !
Na primeira oportunidade vem ao de cima o carácter desta gente que diz praticar o bem!
Nunca tive dúvida,nem tenho,que os excluídos da vida, para os Migas, não passam de uns imbecis que nem viver merecem!
É por esta e por outras que os que acreditam num país menos dependente do Estado,na hora das decisões, votam no PS, que vê o Estado como o instrumento natural das suas políticas.
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“…não tem vocação…
Mas você sabe para onde caminha a Saúde?Sabe como é que se vai fazer a articulação público/privado? Como vão funcionar os seguros face a esta nova realidade?
Eu tenho para mim, que os admnistradores hospitalares,atrasaram a gestão hospitalar duas dezenas de anos.Disse isto,quando e onde era difícil dizer.Mas vamos ter investimento privado sem risco,subsidiado pelo Estado?
É o que propõe? Ou vamos ter uma saúde onde só entra quem tiver dinheiro e/ou seguro?
É que eu não concordo, nem com uma coisa nem com outra !
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«Vêm como o Migas é solidário e generoso?Já sou imbecil !
Na primeira oportunidade vem ao de cima o carácter desta gente que diz praticar o bem!
Nunca tive dúvida,nem tenho,que os excluídos da vida, para os Migas, não passam de uns imbecis que nem viver merecem!»
Caro Luis,
Na verdade não me viu reclamar que pratico o bem. Nem que sou solidário ou generoso. Especialmente consigo. Ao fim de alguns whiskies e outros tantos arrotos, já não sou capaz de o ser. É a vida.
Gostava muito de continuar a conversa mas tenho sair para um chá dançante. Hasta la vista.
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A camuflagem Socialista+Social Democrata continua a funcionar. Uns quantos eleitos com os contactos certos ganham as mordomias Estatais e Para Estatais(= dos nossos impostos), mas o argumento é que são muito sociais… O TGV é social? a CGD é social? as escolas nas mãos de uma clique que produz ignorantes é Social? Hospitais com investimentos de milhões e porque não concorrem operam só em 1/3 do dia é Social? Fabricam pobres e esforçam-se por manter a mediocridade é Social? Pois é, o social é só um argumento para mais facilmente ter o poder. Por isso é que Sócrates pode fazer o que quer sendo do Partido Socialista. Se não o fosse já tinha caído.
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ponham a passadeira. chegou o d. sebastião
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Luís Moreira, você não mereceu as bolachas que as senhoras do MNF lhe ofereceram.
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Prolifera por aqui, mais do que liberalismo, um certo anarco-liberalismo, tipo: “há Estado, sou contra” !
Estou até em crer que de tanto liberais JCD e JM nem passaporte têm, por ser editado pelo Estado!
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JMiranda 16) “…erro comum que é o de pensar que por haver um problema tem de haver uma solução.”
Piscoiso 20) “É uma política porreira, essa de dizer que os problemas podem não ter solução.”
Ehe, e curiosamente, uma política comóda. Não têm soluções, mas criticam.
JMiranda 14) “O meu objectivo não é resolver tudo.É impedir que os governantes destruam os mecanismos de mercado e impeçam que o mercado resolva o que pode resolver. ”
Curiosamente, parecem aqueles velhos dos Marretas que passavam a vida a criticar, mas nada faziam.
JMiranda 12) “Os liberais apresentam uma solução bastante simples: não deixem os socialistas mexer nos mecanismos de mercado. “
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Lololinhazinha Diz: ” Não chega, João Miranda. O problema é esse. Não chega! O mercado não resolve tudo porq ”
Ora é isso mesmo. Não chega. Mesmo não sabendo o que vinha a seguir no porq
Porque os porquês, são muitos.
A começar quando se lê da parte de algumas pessoas, por exemplo, que preferem ter um Ferrari que pagar salários minimos decentes, e ainda por cima, dizem que isso é que dá gozo.
Ora com gente assim, é dificil alguma vez chegar.
E ainda falam de “caridade e solidariedade”, ehe.
Grande lata.
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PMS Diz:
” Continuo à espera de ver um post a defender a liberalização do licenciamento para os hipermercados. Ora, o que tenho visto até aqui, são posts do João Miranda a afirmar que a concorrência existe.”
O JMiranda já lhe deu uma resposta sobre isso. Eu já lhe expliquei que jamais compreeenderá que o que diz não faz sentido, porque não sabe o que é o pricing. O JMiranda já lhe deu terceira resposta.
Olhe, tente melhorar a economia do Norte que bem precisa , mas primeiro, tem que começar a entender que quando não tem razão, não tem. Porque senão, caro MSP , só fará disparates se tentar mudar.
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Lololizinha «Os efeitos colaterais que eu tenho em mente são as consequências sociais do liberalismo. Designadamente, a exclusão social e a falta de apoio para aqueles habitantes do reino do Preste João que se dariam menos bem.»
Migas Diz: ” Curiosamente, o nosso estado “moderado” e com grandes preocupações humanistas (financiadas com cerca de metade do PIB) não impede os seus próprios problemas sociais… É”
Curiosamente, é precisamente o contrário.
Se o liberalismo que se defende, funcionasse, havia empregos para todos. Não havia pobreza e o preço do petróleo era baixo. Havia carros a agua como se vé no YTube. As pessoas tinham educação privada , porque ganhavam bem. Curiosamente, havia isso tudo e muito mais.
Pois o mercado, faz com que na busca do lucro, as soluções sejam encontradas.
Só que curiosamente, e como a Migas devia saber por comentários anteriores meus, nada disso funciona.
A não ser, obvio, quase se atinge uma situação de monopólio tal , e tamanho tal, que se pode fazer o que se bem entender. Como foi o sucesso da expansão da energia. Com o apoio das Camaras, das petroliferas, do Estado, e por aí fora, e hoje temos felismente todos acesso a energia por todo o lado, e bastante barata.
Até há quem diga que barata demais.
Só que curiosamente, as escolas nasceram como JÁ RESPONDI NAQUELE POST QUE NINGUÉM VISITA, dizia, as escolas nasceram de iniciativa estatal.
Os hospitais, régios ou estatais vai dar ao mesmo. Até a casa pia da D Maria e do Pina Manique, mas de cujas origens nasceu o clube do JMiranda o SLBenfica.
(os fundadores do SLB eram grande parte da casa pia dos idos tempos)
Portanto, o Estado Social existe, porque o mercado falha.
Porque o mercadon não permite que toda a gente tenha casa, saude, educação, se se confiar no mercado.
TANTO, QUE AINDA HOJE, EM PLENO SÉC 21, EXISTE POBREZA.
APESAR DO FOSSO ENTRE RICOS E POBRES, SER CADA VEZ MAIOR.
Dizer que é culpa do Estado, ao cobrir as necessidades básicas da população, falha, quando é o Mercado e os Privados a falharem, é o cumulo da hipocrizia.
E, ao contrário de Ron Paul que tanto apreoga, da total Irresponsabilização
Mas se a Migas, ou até o JCD que não falo com ele, quer de outro modo, pode-se dizer assim
Quando os liberais culpam o Estado por haver pobres, quer dizer no máximo que o mercado não conseguiu acabar com a pobreza, no minimo, que não tem solução para ela e como tal coltam a culpar o estado.
E curiosamente, não ter solução, está mais que visto que nem sequer é função de grande parte dos neo-liberais.
É mais de marretas, dizer mal, nem sabem de qu
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LOLOZINHA “,em que as pessoas – que podem escolher “livremente” – ficam totalmente à mercê da livre contratação, etc, etc…”
JCD “Quantos novos contratos não seriam feitos,”
JCD, com a prolifereção de contrações sem contratos, de falsos recibos verdes, de contratos sem termo, JÁ TEMOS EM PORTUGAL A LIVRE CONTRATAÇÃO QUE OS NEO-LIBERAIS APREGOAM
RESULTADOS ? TUDO A PROTESTAR.
JCD ” quantas novas empresas não seriam criadas ”
Visto que por esses expedientes já se faz a livre contratação, já se pode criar empresas e isso não é obstaculo.
No entanto, segundo Noticias que o próprio JCD colocou aqui, o Investimento Externo Baixo imenso.
E a criação de Riquesa também.
Mais uma vez, só mitos. Mitos e mais mitos. Todos falsos. Chateia é uma pessoa provar por A + B que isto não faz sentido algum, chateia provar por dedução lógica que isto não corresponde a realidade, e no entanto, continuarem a insistir.
É mesmo uma fazeda, despregada de qualquer razão, e racionalidade.
” e quantos novos empregos não surgiriam se se eliminassem as restrições artificiais à contratação…”
Como já refeido, os esquemos de recibos verdes, contratações à socapa, contratos sem termos e certamente coisas que nem sei, já criaram esse paraíso que é a livre contratação.
E nota-se o povo contente ? Feliz ? Os salários a subirem ? A economia Punjante ?
TUDO O OPOSTO
– ORDENADOS PERTO DOS DE CUBA, COMO SÃO COMUNISTAS DISFARÇADOS QUASE TODOS OS NEO-LIBERAIS
– PESSOAS A RECLAMAR
– DESEMPREGO A SUBIR
– EMIGRAÇÃO TIPO ANOS 60
Mas os neo-liberais, continuam a insistir na mesma , como se nada lhes entrasse pelo televisõr, e nem sequer os próprios posts em que falam da falta de investimento estranjeiro, da descida da criaçaõ de riquesa, etc, parecem compreender.
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Parabéns a vários comentários, entre os quais saliento o da Lolozinha, da qual discordo várias vezes, mas desta vez fez uma série de breves , perdão, bravas intervenções.
E o Luis Moreira, que parece que está a apanhar tau-tau por dizer o que pensa e muito ser verdade.
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Sou salasarista.
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Carlos Diz:
” Caro CAA,
Este post é a crítica certeira ao seu próprio artigo no CM !!”
Sério ? Epá, venci outra vez. E agora com mais pessoas e de peso. Hoje somos meia duzia, amanhá seremos milhões.
(ahh, talvez uns milhares. E será optimo! )
Deixem os neo-liberais estar o estado a cobrir as necessidades básicas que faz e a que chamam de Estado Social, e vamos pensar e agir em dinamizar a Ecomomia.
Que isso, pelos vistos, os neo-liberais não sabem o que fazer.
Ainda Hoje, Medina Carreira disse que a Banca e o Turismo e outra coisa são 70% dos serviços, e industria, jã quase não há. Agricultura, olhem, o melhor é mesmo deixar plantar nas cidades aonda houver espaço. Haja inicitiva.
É na criação de riquesa, e na não intromissão na vida privada, que nos devemos posocionar.
Soluções ? Aqui vai uma.
Porque razão uma pessoa para ter uma micro-empresa ou negócio, tem que se colectar de maneiras tão custosas e dificeis, que mais vale não travalhar ?
Por exemplo, algumas pessoas que ganham uns euros na Internet, como fazem para ganhar esse dinheiro ?
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Aime Haiti (19)
“Pelo menos no blog dele democracia não há nenhuma.
Experimentem fazer lá um comentário que discorde dele.”
Vai-me perdoar, mas a ajuizar pela minha experiência e pelo que venho observando, o seu post é difamatório para com João Gonçalves.
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Jcd,
“Como na Austria, na Dinamarca ou na Finlândia?”
Você não pode estar de facto convencido que as soluções que resultam na Austria, na Dinamarca e na Finlândia resultariam entre nós. O tecido empresarial dinamarquês não se caracteriza pela mentalidade exploradora, ao contrário do que acontece por aqui. Pensar que as empresas contratam mais pessoas por lhes poderem pagar menos é um erro. Desde logo porque as empresas contratam, única e exclusivamente, em qualquer caso, o limite mínimo de pessoas que são obrigadas a contratar. Enquanto nos países a que se referiu existe a convicção de que um trabalhador satisfeito produz mais, por aqui existe a convicção que se deve pagar o mínimo possível às pessoas.
“De assegurar cuidados médicos ou de assegurar que todos tem acesso a cuidados médicos?”
De assegurar que todos têm acesso a cuidados médicos, o que infelizmente ainda significa ter que assegurar os próprios cuidados médicos. Sobre esse assunto podemos falar do caso dos EUA e dos problemas que todos conhecemos no que concerne áqueles que, por aqueles lados, não têm condições para ter seguros de saúde.
“Acha mesmo que não há leis nos estados liberais???”
Obviamente, eu não disse isso. O q
“,em que as pessoas – que podem escolher “livremente” – ficam totalmente à mercê da livre contratação, etc, etc…”
Quantos novos contratos não seriam feitos, quantas novas empresas não seriam criadas e quantos novos empregos não surgiriam se se eliminassem as restrições artificiais à contratação…
“Num sistema que, segundo parece, não tem qualquer solução para os seus próprios efeitos negativos, porque acha que não compete a nenhum sistema resolver os problemas práticos.”
Em Portugal temos um problema de desemprego causado pelo estado e pelas leis laborais iliberais. Em Portugal temos um problema de habitação causado pela lei das rendas. Temos um problema de mobilidade causado por impostos absurdos. Temos um problema de investimento causado pela fiscalidade excessiva necessária para suportar o custo da ineficiência do próprio sistema. E agora pergunta-se que soluções teriam os liberais para os problemas que só existem em grande parte pela falta de liberalismo… As soluções são, em grande parte, não deixar criar o problema.
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O comentário anterior entrou por lapso meu
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Jcd,
“Como na Austria, na Dinamarca ou na Finlândia?”
Você não pode estar de facto convencido que as soluções que resultam na Austria, na Dinamarca e na Finlândia resultariam entre nós. O tecido empresarial dinamarquês não se caracteriza pela mentalidade exploradora, ao contrário do que acontece por aqui. Pensar que as empresas contratam mais pessoas por lhes poderem pagar menos é um erro. Desde logo porque as empresas contratam, única e exclusivamente, em qualquer caso, o limite mínimo de pessoas que são obrigadas a contratar. Enquanto nos países a que se referiu existe a convicção de que um trabalhador satisfeito produz mais, por aqui existe a convicção que se deve pagar o mínimo possível às pessoas.
“De assegurar cuidados médicos ou de assegurar que todos tem acesso a cuidados médicos?”
De assegurar que todos têm acesso a cuidados médicos, o que infelizmente ainda significa ter que assegurar os próprios cuidados médicos. Sobre esse assunto podemos falar do caso dos EUA e dos problemas que todos conhecemos no que concerne áqueles que, por aqueles lados, não têm condições para ter seguros de saúde.
“Acha mesmo que não há leis nos estados liberais???”
Obviamente, eu não disse isso. O que tendencialmente não há é leis que acautelem o facto de as pessoas não estarem ao mesmo nível no que diz respeito á contratação. Queira-se, ou não, a liberdade contratual depende da posição que os intervenientes ocupam e da necessidade dos bens a contratar. Se for imprescindível contratar um serviço você não tem liberdade contratual alguma nem tem qualquer poder de negociação.
“Quantos novos contratos não seriam feitos, quantas novas empresas não seriam criadas e quantos novos empregos não surgiriam se se eliminassem as restrições artificiais à contratação…”
Á excepção das sociedades financeiras não existem limites à criação de empresas. Se não são criados novos projectos empresariais tal não se deve a restrições contratuais. Existem outros problemas e um deles, reconheço, é o peso do estado.
Entre diminuir o peso do estado e adoptar um modelo liberal que entende que os problemas práticos não têm que ser acautelados, vai uma diferença muito grande.
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“Os factos mostram que a subida dos preços dos combustiveis não resulta da falta de concorrência. Segue-se que é irrelevante tentar introduzir mais concorrência para resolver aquilo que é um problema de escassez. Estar a discutir concorrência neste contexto, quando ninguém a quis defender no momento apropriado, é perda de tempo.”
A subida dos peços não resulta da falta de concorrência. Parcialmente certo. A subida de preços encobre a concertação de preços, ao torná-los menos transparentes para o consumidor final. De resto, os limites ao licenciamento nos hipermercados significa até menos 10 centimos no preço praticado aos consumidores mais sensíveis ao preço.
“Convinha em primeiro lugar mostrar em que que o mercado não é livre e em segundo lugar mostrar que os preços desceriam significativamente se o mercado fosse mais livre.”
O mercado não é livre porque o licenciamento para hipermercados não é livre. Há barreiras estatais à entrada no sector. Basta isto para provar que não é livre. Os hipermercados praticam o preço mais baixo do mercado. Logo, com mais hipermercados com postos, temos mais postos no segmento de preços mais baixos.
“O que temos visto é que a concorrência na distribuição faz descer o preço no máximo em alguns cêntimos, estando a GALP numa posição estratégica que lhe permite comer esses cêntimos aumentando a margem da refinação.”
E isso é, tal como eu digo desde o início, um problema de falta de concorrência.
É certo, não é o principal para a definição dos preços ao consumidor final. Mas é o UNICO onde podemos melhorar o funcionamento do mercado, tornando-o verdadeiramente numa MERCADO MAIS LIVRE, vulgo, mais liberal…
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“Os factos mostram que a subida dos preços dos combustiveis não resulta da falta de concorrência. Segue-se que é irrelevante tentar introduzir mais concorrência para resolver aquilo que é um problema de escassez. Estar a discutir concorrência neste contexto, quando ninguém a quis defender no momento apropriado, é perda de tempo.”
A subida dos peços não resulta da falta de concorrência. Parcialmente certo. A subida de preços encobre a concertação de preços, ao torná-los menos transparentes para o consumidor final. De resto, os limites ao licenciamento nos hipermercados significa até menos 10 centimos no preço praticado aos consumidores mais sensíveis ao preço.
“Convinha em primeiro lugar mostrar em que que o mercado não é livre e em segundo lugar mostrar que os preços desceriam significativamente se o mercado fosse mais livre.”
O mercado não é livre porque o licenciamento para hipermercados não é livre. Há barreiras estatais à entrada no sector. Basta isto para provar que não é livre. Os hipermercados praticam o preço mais baixo do mercado. Logo, com mais hipermercados com postos, temos mais postos no segmento de preços mais baixos.
“O que temos visto é que a concorrência na distribuição faz descer o preço no máximo em alguns cêntimos, estando a GALP numa posição estratégica que lhe permite comer esses cêntimos aumentando a margem da refinação.”
E isso é, tal como eu digo desde o início, um problema de falta de concorrência.
É certo, não é o principal para a definição dos preços ao consumidor final. Mas é o UNICO onde podemos melhorar o funcionamento do mercado, tornando-o verdadeiramente numa MERCADO MAIS LIVRE, vulgo, mais liberal…
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“Segue-se que é irrelevante tentar introduzir mais concorrência para resolver aquilo que é um problema de escassez.”
Isto demonstra o que o CAA queria demonstrar. 5ç a 10ç mexe no bolso dos mais pobres. Tv os pobres quisessem menos 50ç, mas 10ç não seria mau. Mas, para o João Miranda isso é irrelevante.
Eu prefiro baixar o preço 5ç retirando o intervencionismo estatal, a baixar 0 de forma nenhuma.
Não é irrelevante liberalizar agora o mercado: é o momento político em que isso será aceite mais fácilmente.
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Migas,
“Existem dezenas de milhares de voluntários nas mais variadas organizações não governamentais. Isso também conta.”
Se pensa que são meia dúzia de ONGs e o banco alimentar contra a fome que demonstram se um país tem, ou não, uma mentalidade solidária está totalmente enganado.
Ter mentalidade solidária, susceptível de permitir a existência de um estado liberal é perceber que as pessoas produzem mais quando são bem pagas, implementar refeitórios para os funcionários, creches e essas pequenas coisas que estão ao alcance de muitas empresas, por relativamente pouco dinheiro e que não são feitas porque os portugueses não têm preocupações sociais.
Quem, como eu, gostava de viver num estado mais liberal (o que não é o mesmo para dizer que queria viver no liberalismo) acalenta a esperança que os liberais portugueses consigam entender-se num discurso que inclua as soluções para os problemas sociais decorrentes do liberalismo. Quando isso acontecer talvez consigam ser ouvidos é ter uma contribuição positiva para a sociedade. Para que isso aconteça é necessário que se credibilizem. Por algum motivo é tão raro ver um liberal representado num debate sobre a economia.
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CAA,
Gostaria muito de o ter tido aqui, nesta caixa de comentários, a comentar o seu post.
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O João Miranda afirma (12) à Lolilinhazinha que “os liberais apresentam uma solução bastante simples: não deixem os socialistas mexer nos mecanismos de mercado.”
Mas antes dizia (7) que “é irrelevante tentar introduzir mais concorrência” no mercado de combustíveis, em resposta à minha proposta de que se eliminem as barreiras estatais à entrada no mercado da distribuição.
Logo, ou o João Miranda não é liberal, ou é um novo tipo de liberal: os que são tão contra a intervenção estatal que até são contra a intervenção para acabar com a intervenção.
Ou então são contra o fim da intervenção que possa ter efeitos sociais positivos, por mais pequenos que sejam.
Pelo que CAA tem toda a razão quando diz que “desdenham a resposta concreta para os problemas mais candentes do quotidiano da generalidade das pessoas.” Inexplicavemente, mesmo quando a melhor resposta (e única aceitável) é a liberal.
* Tendo em conta que são as grandes multinacionais instaladas (a Galp é uma multinacional) quem beneficia deste proteccionismo do Estado, compreende-se o carácter negativo com que tanta gente trata o liberalismo. E assim sempre será enquanto o liberalismo estiver mais preocupado com a defesa dos ricos do que com a sua própria coerencia.
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Lololinhazina: deu gosto lê-la, hoje.
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Lololinhazinha,
«CAA,
Gostaria muito de o ter tido aqui, nesta caixa de comentários, a comentar o seu post.»
O tempo, ai o tempo…
Mal o tenho para ler os comentários…
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Os combustiveis, na origem, tem preticamente o mesmo valor, dada a especulação do mercado.
Analisando, hoje no Correio da Manhã, os preços, sem impostos, praticamente não existem diferenças, o que existem è governos, que por incapacidade governativa, sacam dos combustiveis uma taxa exageradissima, ou porque assim se habituarm (Portugal) e
neste caso, não explicam o que fazem com os impostos e passam o tepo de governação a contar est´rias de investimentos loucos, da qual temos alguns exemplos!
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