RE: Da manipulação
A propósito desta minha posta, Estrela Serrano, membro da ERC, enviou o seguinte email que reproduzo na íntegra. Comentarei posteriormente.
«Gabriel Silva
O seu post sobre o Conselho Regulador da ERC merece resposta e por isso gostaria de ver publicados no seu blog, não como comentário na “caixa” que, naturalmente, não é de sua responsabilidade, mas no “corpo” do seu blog, em nome da liberdade de expressão que defende e do direito de réplica que certamente não me negará como membro de uma entidade sobre qual escreveu “sem audição prévia”. Aqui vai:
Estranho que um tão exigente e impoluto analista e escrutinador de entidades públicas não tenha tido o mínimo escrúpulo em informar-se antes de se lançar na diatribe que postou contra a ERC. No mínimo, exigia-se-lhe que, por exemplo, pegasse no telefone e tentasse ouvir a outra parte. Pelo meu lado, tê-lo-ia atendido com todo o gosto e talvez pudesse ter contribuído para o esclarecimento das suas angústias (aliás, já em tempos trocámos ideias por correio electrónico). Nos tempos que correm, percebo a sua opção de “atirar” primeiro e aguardar o ricochete.…
Vejamos, então, por partes.
1. Admira-se que “tenha sido necessário recorrer para a Comissão de Acesso aos Dados Administrativos, ordenando esta a entrega de tal dossier, [o que] diz bem do autismo [da ERC] e do receio do escrutínio público.” Teria razão se assim tivesse sido. Acontece, porém, que foi a própria ERC (e não o jornalista do Expresso) que, em 27 Agosto de 2007, solicitou à CADA parecer sobre admissibilidade de acesso a todos os documentos do processo do chamado “caso Sócrates”.
2. E porque é que a ERC solicitou o parecer da CADA? Precisamente porque o conteúdo de algumas das audições de jornalistas se revestia de melindre, pelas considerações de natureza pessoal que envolvia, para ser divulgado sem autorização da entidade que tem competência para o fazer. Sigamos adiante.
3. Em 25 de Janeiro deste ano, a CADA veio dar razão à precaução da ERC, emitindo parecer favorável ao acesso aos documentos, porém, deliberando o expurgo de partes das audições de dois dos jornalistas ouvidos no processo. Ao contrário do que diz, havia, pois, “razões de privacidade ou outras justificativas que impedissem a divulgação imediata de documentos do processo”. Será que esta parte está clara?
4. É um dado de facto, e de natureza puramente objectiva, que após autorização da CADA a ERC demorou nove meses a entregar ao Expresso os documentos solicitados. Como diz o outro, contra factos não há argumentos…Acontece, porém, que neste caso há argumentos. Só que, ao contrário do que desesperadamente acreditou, muito longe dos contornos de uma qualquer teoria da conspiração, do esconder, de uma entidade cavernícola a gerir maldosamente a demora para impedir o “pobre” jornalista de exercer a sua função! O atraso, como disse, objectivo e, naturalmente, excessivo, deveu-se, isso sim, a motivos tão prosaicos que, se, e quando, forem conhecidos, criarão grande frustração nos impolutos analistas que hoje bramam contra a ERC. A seu tempo, e se a divulgação das razões do atraso vierem a revelar-se mais importantes do que outros valores que poderão ficar em causa com essa revelação, as razões do atraso serão ditas. Neste ponto, portanto a sua dúvida justificava-se. Mas não, com certeza, a forma quase indecorosa como formou, primariamente e sem mais, a sua convicção sobre as “razões” da ERC.
5. Sobre o “incómodo para o primeiro-ministro” (palavras suas) que o dossiê poderá causar, talvez tivesse sido melhor não falar sem saber. Com efeito, se consultar os documentos disponibilizados no site da ERC, é capaz de chegar à conclusão de que o dossiê, a ser “incómodo”, talvez não seja para o primeiro-ministro. Como “analista” dos média, experimente uma simples análise de conteúdo das audições… E verá quem fica bem e mal no retrato. Por isso, ao trabalho! Leia, informe-se, antes de condenar, com a facilidade e a ligeireza que costumam ser apanágio dos fracos. E não diga que, até agora, não tinha podido ler. É que, pelo menos, podia e devia ter perguntado.
Cumprimentos
Estrela Serrano
(conselho regulador da ERC)
««O atraso, como disse, objectivo e, naturalmente, excessivo, deveu-se, isso sim, a motivos tão prosaicos que, se, e quando, forem conhecidos, criarão grande frustração nos impolutos analistas que hoje bramam contra a ERC. A seu tempo, e se a divulgação das razões do atraso vierem a revelar-se mais importantes do que outros valores que poderão ficar em causa com essa revelação, as razões do atraso serão ditas. »»
Notável.
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Foi por causa de uma avaria na fotocopiadora. Só pode ter sido.
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Achei na altura em que li o post do Gabriel que era preciso coragem para escrever o post. Confirmo agora que vejo que estas pessoas da ERC, tão importantes que se julgam, não podem ler a opinião de um simples blogger que têm logo que vir responder com tretas, insinuações, e claro dizendo que o post era “indecoroso”.
Parabéns pela sua coragem, Gabriel.
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Será que a revelação dos documentos poderia interferir nas eleições americanas?
Esperemos até Outembro.
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Parabéns ao Gabriel por mais este contributo para fazer sair o urso da toca.
É de facto notável a geometria da Natureza: numa empresa onde trabalhei escreviam-se mails destes sempre que um dos apaniguados, digamos o “guardião dos cd-r’s”, se sentia afrontado no seu fare niente. Com a D. Estrela é pior porque dir-se-ia que lhe pagam para ser conivente com a repressão.
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Uma “explicação” vergonhosa de quem não tem qualquer vergonha.
Ainda por cima, escrita com os pés: “se a divulgação das razões do atraso vierem a revelar-se mais importantes”.
A divulgação vierem…
E temos nós que pagar, com os nossos impostos, estes tachos imundos…
Ora, bolas!
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Antes do mais, espero que o nosso catador de vírgulas, sempre lesto, e que mora para os lados de Abrantes, venha aqui analisar esta prosa excelente da senhor professora doutora em Ciências sociológicas da Comunicação, Educação e Cultura.
Não é por acaso que esta senhora me irrita. É por causa destas e doutras. Já passadas, na tv e com incidência nesta coisa dos blogs que para ela, serão também uma vergonha.
Nota-se que leu os comentários, incluindo o meu, mas não se dá por achada. Ainda mal.
Esta senhora professora doutora, se tivesse vergonha profissional, já tinha saído de onde está.
Por dois ou três motivos que me parecem graves.
Segundo notícias ( podem ser inventadas, mas vai ter que pedir responsabilidades pelo invento ao seu colega), em reuniões da ERC, um dos elementos foi insultado e pressionado a algo que me dispenso de enunciar.
Segundo notícias ( e que não foram desmentidas pela senhora professora doutora e vinco esta categoria para mencionar que deveria ser uma pessoa instruída com outra qualidade que lhe permitisse ver uma gama de democracia mais alargada e plural), avisou em reunião que era preciso respeito, leia-se respeitinho, ao PM, porque a ERC não tem poderes judiciais ou para-judiciais ( não foi esta a expressão, mas é equivalente) e por isso o primeiro ministro tinha prerrogativas, uma delas a de depor por escrito.
Mas lembremos o essencial que vai muito para além da tramitação do processo na CADA: a ERC entendeu que o processo era secreto e não devia dá-lo a conhecer ao jornalistas. E então, como tinha dúvidas que nem tinham razão de ser ( o que a decisão da CADA mosttro), pediram o parecer. E a senhora doutora, então faz a nuance : Fomos nós que pedimos! COmo se isso a aliviasse da responsabilidade em não fornecer imediatamente, para informação e em exercício dessa liberdade que deveria ser a primeira a promover, a decisão da ERC, sob a forma de deliberação.
E depois enreda-se na explicação dos nove meses e essa coisa, como se não soubesse que um pedido desses, demoraria. Como se a ERC não tivesse la três juristas supostamente competentes na matéria, para além da senhora professora doutora que também foi jornalista e sabe muito bem, ou deveria saber o valor da liberdade de informação e expressão oportuna e tempestiva.
E quanto à questão de fundo, nem vamos mais longe:
quem acha que a conversa do PM com o director do Público, não constitui uma forma inadmissível de pressão num país democrático, ainda vive à sombra do passado. Neste caso, do SNI, como já escrevi.
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Esta resposta é um naco de prosa delirante, só ao alcance de alguns iluminados. Parece que aprenderam todos da mesma cartilha.
O ponto 4 merece constar do guião de um dos futuros episódios de “Os Contemporâneos”.
Compreendo que não deve ser nada fácil ao Gabriel responder a isto. Não tem ponta por onde se pegue.
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Ao que isto chegou…
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E esta pessoa responde em nome da ERC? Se queria esclarecer alguma coisa, bastava fazê-lo, de forma objectiva e sem rodeios. Agora tecer considerações subjectivas, mandar “bocas”, opiniões pessoais e lançar insinuações sobre o cidadão Gabriel Silva, que simplesmente procurou exercer a sua liberdade de expressão, é bem revelador dos tempos em que vivemos.
E já agora, porque razão um organismo público, não revela os motivos dos atrasos. Eu, enquanto cidadão, julgo ser do interesse geral que toda a situação seja esclarecida.
Da próxima vez que haja uma situação semelhante, proponho que seja feita uma petição no blogue para que todos os leitores liguem, escrevam cartas, mandem emails à sra. Serrano, que deverá ficar deleitada com tamanha dose de atenção e prontamente (lol…) responderá a todas as solicitações.
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Ora bem, temos de consultar o Professor Karamba que, esse sim, já deve conhecer os tais motivos prosaicos.
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Admira-me é terem pedido o parecer à CADA e não ao próprio PM…ou se calhar foi este que o sugeriu/ordenou…
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http://www.erc.pt/index.php?op=conteudo&lang=pt&id=12&mainLevel=12
“ERC tem como principais atribuições e competências (…) assegurar (…) o direito à informação,(…)”
https://blasfemias.net/2008/09/26/re-da-manipulacao/
“O atraso, como disse, objectivo e, naturalmente, excessivo, deveu-se, isso sim, a motivos tão prosaicos que, se, e quando, forem conhecidos,(…)”
No comments!
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Caro Gabriel,
Obrigado pelo teu trabalho em denunciar este tipo de gente.
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“E porque é que a ERC solicitou o parecer da CADA? Precisamente porque o conteúdo de algumas das audições de jornalistas se revestia de melindre, pelas considerações de natureza pessoal que envolvia, para ser divulgado sem autorização da entidade que tem competência para o fazer. Sigamos adiante.”
Pois eram melindrosas, eram. PArticularmente a que respeita ao telefonema ao José Manuel Fernandes.
Agora, passados estes meses, o melindre, esvaiu-se.
É esse o problema dos melindrosos. “A memória das pessoas é muito fraca. Passados seis meses já ninguém se lembra”, como lembrava a propósito esse expoente das obras públicas, Jorge Coelho.
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“O atraso, como disse, objectivo e, naturalmente, excessivo, deveu-se, isso sim, a motivos tão prosaicos que, se, e quando, forem conhecidos, criarão grande frustração nos impolutos analistas que hoje bramam contra a ERC. A seu tempo, e se a divulgação das razões do atraso vierem a revelar-se mais importantes do que outros valores que poderão ficar em causa com essa revelação, as razões do atraso serão ditas.”
A ERC também vai pedir ao CADA autorização para explicar isto?
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Xiça. Que estes comentários estão cheio de veneno! Venenosos!
Sexta-feira, amanhã é sábado e aparecem aqui para atirar pedras a Estrela Serrano. ó pá… a vida é bela.
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É evidente que esta resposta de Estrela Serrano ( e vou deixar de usar os termos melindrosos porque calculo que a mesma se pode enxofrar com isso e isso desvia do essencial), não pode comprometer a ERC. A Estela Serrano não é a ERC ( embora às vezes pareça) e por isso, não representa a entidade, escrevendo a título pessoal. O que sendo curioso, não deixa de ser interessante, pelo cuidado particular em vir aqui ao “bas-fond” dos blogs para responder em directo.
Sendo de aplaudir a iniciativa pessoal, não me parece a mais curial, tendo em atenção o peso institucional da ERC e o valor e importância da deliberação.
Mas talvez os blogs, assim, deixem de ser uma vergonha. Embora tenha quase a certeza que os anónimos o sejam…
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Anónimo:
Não se atirem pedras. Atirem-se flores de elogios. Encómios de louvaminhas. Fileiras de adjectivos bondosos. Substantivos de pedestal.
Diga-se bem da decisão da ERC. Nesta como nas outras. Respeitemos o poder. Tenhamos condescendência para quem nos governa porque só o faz por imenso desejo altruísta de melhorar a vida de todos.
Sejamos positivos e deixemos a má-língua viperina para as cobras cascavéis.
Sejamos compreensivos e tolerantes para com este poder que nos levará à maravilhosa praça da alegria de viver!
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Isto está lindo, está…
E temos por aí avatares a berlinde a imitarem uma activiade tramada, que ainda vende, como a grande vergonha dos tempos da ditadura.
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É Estrela Serrano a responder ao blasfémias e Eduardo Cintra tOrres a responder à camara corporativa. Isto está animado.
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Mas, estupidamente, ninguém da política pega na bomba que a ERC tem.
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“os blogues é uma vergonha”.
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Esta coronela engasgou-se…
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Parabéns, Gabriel. Parabéns, Blasfemos.
Vocês são um SERVIÇO PÚBLICO (claramente, diferente do miserável serviço público que é a RTP e RDP).
A Liberdade vale todo o Vosso esforço.
Estrelas Serrano(s) devem o seu lugar, nas várias Instituições que ocupam, ao “cartão partidário” a que se associam.
Numa Democracia avançada, o Parlamento (órgão máximo da Democracia) deveria perguntar ao Sr. Eng. Sócrates o que “é que queria dizer que até tinha boas relações com o Accionista do Dr. José Manuel Fernandes”.
Mas, como ainda vivemos nos resquícios do Salazarismo e da Maçónica I República, tudo continuará como dantes!
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«Acontece, porém, que foi a própria ERC (e não o jornalista do Expresso) que, em 27 Agosto de 2007, solicitou à CADA parecer sobre admissibilidade de acesso a todos os documentos do processo do chamado “caso Sócrates”.»
Também já tive um caso em que uma entidade pública tomou a iniciativa de pedir parecer à CADA. Claro que a alternativa era dar a informação que depois foi “aconselhada” pela CADA a facultar – mas que também só deu depois que acção judicial de cuja decisão foram recorrendo até ao Supremo.
Portanto, ou eu estou a ver mal a coisa, mas ali (como aqui) se calhar, não era o parecer da CADA que se queria. Queria-se, isso sim, que a CADA lhes dissesse que não tinham de facultar a informação. Naturalmente, correu cerca de 1 ano até que tivesse acesso a informação indevidamente escamoteada.
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«Precisamente porque o conteúdo de algumas das audições de jornalistas se revestia de melindre, pelas considerações de natureza pessoal que envolvia, para ser divulgado sem autorização da entidade que tem competência para o fazer.»
Mas está tudo parvo? Antes da CADA, há uma “autoridade” competentíssima para aanuir na divulgação das declarações… a ver… OS PRÓPRIOS JORNALISTAS.
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A da ERC está bom de ver é que é coronela(deliciosa alegoria aos anti-fascistas)
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«Em 25 de Janeiro deste ano, a CADA veio dar razão à precaução da ERC, emitindo parecer favorável ao acesso aos documentos, porém, deliberando o expurgo de partes das audições de dois dos jornalistas ouvidos no processo. Ao contrário do que diz, havia, pois, “razões de privacidade ou outras justificativas que impedissem a divulgação imediata de documentos do processo”. Será que esta parte está clara?»
Presumindo, por um momento,a boa fé da ERC, então, porque é que não facultou, à cabeça, o parecer devidamente expurgado da informação “melindrosa” e aguardou por decisão da CADA quanto ao acesso a esses excertos?
Porque a ERC podia/DEVIA (se tinha dúvidas) fazer, precisamente, isso.
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«porrada neles.
força na verga.»
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«O atraso, como disse, objectivo e, naturalmente, excessivo, deveu-se, isso sim, a motivos tão prosaicos que, se, e quando, forem conhecidos, criarão grande frustração nos impolutos analistas que hoje bramam contra a ERC.»
Tão prosaicos, tão prosaicos que, ainda assim, e consistentemente com tudo o que se vem passando até aqui… também não vos vou dizer (o que é que vocês têm a ver com isso?).
Salvo o devido respeito o que o Expresso devia ter feito era dar entrada imediatamente de acção de intimação à prestação de informações, com pedido de condenação em sanção pecuniária compulsória. Por cada dia de atraso no cumprimento da decisão judicial a ERC teria de pagar X.
Registem, porque hoje foi a ERC, amanhã é outra entidade pública qualquer. É, MESMO. É a administração que temos.
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Se a ideia era sustentar que a ERC não tomou o partido do PM, esta afirmação:
«5. Sobre o “incómodo para o primeiro-ministro” (palavras suas) que o dossiê poderá causar, talvez tivesse sido melhor não falar sem saber. Com efeito, se consultar os documentos disponibilizados no site da ERC, é capaz de chegar à conclusão de que o dossiê, a ser “incómodo”, talvez não seja para o primeiro-ministro. Como “analista” dos média, experimente uma simples análise de conteúdo das audições… E verá quem fica bem e mal no retrato.»
não correu nada bem. Afinal,qualquer advogad, na defesa do seu constituinte teria, provavelmente, dito, exactamente, isso.
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«Cumprimentos
Estrela Serrano
(conselho regulador da ERC)»
Não percebi? Esta é a posição oficial do Conselho Regulador da ERC?
Muito fraquinha, mas nada que me surpreenda.
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«E quanto à questão de fundo, nem vamos mais longe:
quem acha que a conversa do PM com o director do Público, não constitui uma forma inadmissível de pressão num país democrático, ainda vive à sombra do passado. Neste caso, do SNI, como já escrevi.»
Mais importante: onde é que estava a fazer o Director do Público
para não ter imediatamente denunciado essa situação? É que, é muito fácil criticar a Administração, mas se o jornalista não se revela melhor que a dita, então…
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De facto. E a frase do Jorge Coelho, que alguém citou nesta caixa,cai que nem uma luva. “Panem et Circenses” funcionou durante muito tempo, e agora que esta receita está a dar o canto do cisne, aplica-se outra muito boa, o “Argumentum Baculinum”.
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Gabriel,
Bravo pelos dois posts.
Esta senhora, aliás toda a ERC, tem uma concepção muito própria de coisas que deviam ser simples, como liberdade de expressão ou serviço público. Envergonham mas não têm vergonha nenhuma.
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O director do Público estava a ser coagido ameaçado amordaçado e porventura refém da “boa impressão que o emissor (no telefonema) tinha sobre o seu accionista maioritário”.
Sim , é capaz de ter estado na mesma posiçao que a dita durante este tempo todo na ERC. Coagida ameaçada e amordaçada.
quem sabe “ambos os dois” coniventes…..
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O problema (um dos) desta resposta é que a sua réplica depende muito daquilo que a ERC diz que pode vir a dizer mas não sabe se algum dia estará em condições de revelar. Que é como quem diz, «esperem aí que eu ainda não disse tudo…».
‘Vocês sabem do que eu estou a falar’, conforme ensinou o filósofo incompreendido Octávio Machado…
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” (…)quando, forem conhecidos, criarão grande frustração nos impolutos analistas que hoje bramam contra a ERC”
Ofereço um ferrari a quem conseguir advinhar. Eu já sei o que foi.
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Depois demoram a intervir. Claro!
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« A seu tempo, e se a divulgação das razões do atraso vierem a revelar-se mais importantes do que outros valores que poderão ficar em causa com essa revelação, as razões do atraso serão ditas. Neste ponto, portanto a sua dúvida justificava-se.»
Isto parece um jogo de póquer: eu tenho um trunfo muito bom mas não o mostro. Também há quem lhe chame bluff.
Ora veja-se lá se a ERC também mandasse nos blogues. Entretanto vamos ver o que sai dessa discussão sobre blogues que o Parlamento Europeu decidiu iniciar.
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Se a ERC mandasse nos blogs, teriamos (alguns de nós) de passar à clandestinidade. E que não tenha dúvidas a senhor professora doutor que passaríamos. Tal como no tempo deo SNI faziam os seus amigos de agora.
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É injusto que tenha sido o Visconde da Apúlia a ganhar o Prémio Capitão Moura.
O ponto 4 do mail da Drª Serrano, é mais do que suficiente para esmagar o Visconde.
Melhor que isto só a prosa de Lacan que, estou certo, faz parte da leitura de cabeceira da Srª Reguladora, sei lá, algo do género como referir a incompletude topológica do excesso do partitivo, no pressuposto de que o que existe em si é inerentemente concebido, não lhe faltando a causa de si mesmo. Claro que tal falta, a existir, pendente sobre o elementar, alimentaria a hipotese do contínuo e faria lei daquilo que o excesso no múltiplo não consigna, a não ser a ocupação do lugar vazio, a existência do inexistente próprio do múltiplo inicial. Eis pois que esta filiação mantida da incoerência demonstra que o que excede interiormente o todo, mais não faz do que nomear o ponto limite desse todo.
Mais nada embrulhem, que eu sou doutora e posso dizer asneiras com o ar sapiente de que está a demonstrar o Teorema de Fermat.
Abaixo o Visconde da Apúlia!
Arriba a Srª Reguladora!
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Estamos à espera do comentário do Gabriel. Prometido.
Por enquanto, entre viscondes, condes e lacaios, versados em Lacan ou derreados em Dupond, lá vamos cantando e rindo, levados, levados sim.
Este poder situado, num grupo relativamente pequeno, vindo das redacções antigas e arreigado nas prebendas modernas, tem sido o veículo mais eficaz de predomínio do status quo jacente.
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NAO PERCAM O PROXIMO EPISODIO, PORQUE NOS TAMBÉM NAO!!!
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José,
Ver acima, já publiquei.
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Mas existe uma coisa chamada «Comissão de Acesso aos Dados Administrativos»? E essa coisa é paga com o dinheiro dos contribuintes? A falta de transparência no nosso país, constitui, no mínimo, garantia de empregabilidade.
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Este comentário da Prof. Doutora Estrela Serrano e todo o comportamento da ERC está ao nível da polémica que lhe deu origem. É tudo uma questão de faxes, fotocopiadoras e sobretudo uma imensa falta de vergonha. Acima de tudo, e fazendo o que a Doutora Estrela Serrano mandou, parece-me quem ficou mal no retrato foi o accionista Paulo Azevedo que parece que anda com umas boas relações esquisitas.
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Fernanda Valente Diz:
26 Setembro, 2008 às 4:08 pm
Pois fique sabendo Fernanda que a CADA é uma entidade administrativa independente que… funciona!
Só é pena que o parecer da CADA não seja vincultivo.
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Fascismo nunca mais, mas censura sempre………
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“4. É um dado de facto, e de natureza puramente objectiva, que após autorização da CADA a ERC demorou nove meses a entregar ao Expresso os documentos solicitados. Como diz o outro, contra factos não há argumentos…Acontece, porém, que neste caso há argumentos. Só que, ao contrário do que desesperadamente acreditou, muito longe dos contornos de uma qualquer teoria da conspiração, do esconder, de uma entidade cavernícola a gerir maldosamente a demora para impedir o “pobre” jornalista de exercer a sua função! O atraso, como disse, objectivo e, naturalmente, excessivo, deveu-se, isso sim, a motivos tão prosaicos que, se, e quando, forem conhecidos, criarão grande frustração nos impolutos analistas que hoje bramam contra a ERC. A seu tempo, e se a divulgação das razões do atraso vierem a revelar-se mais importantes do que outros valores que poderão ficar em causa com essa revelação, as razões do atraso serão ditas. Neste ponto, portanto a sua dúvida justificava-se. Mas não, com certeza, a forma quase indecorosa como formou, primariamente e sem mais, a sua convicção sobre as “razões” da ERC.”
Uau
Agora vão levar nove meses a arranjar os argumentos prosaicos, mas passado tanto tempo terão seguramente engenho para argumentos poéticos!
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Mas esta Estrela Serrano não foi a senhora que confessou a “compra” de jornalistas quando era acessora de Mário Soares, com o intuito de “derrubar o Governo do Prof.Doutor Cavaco Silva para facilitar a subida ao poder da dupla Guterres / Socrates ? Amor com amor se paga!
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Presumo que este naco de prosa, esta espécie de direito de resposta que acedeste a dar à ERC, apenas te dará mais vontade de estar atento aos seus passos. A ti e a todos nós. E isso é bom.
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Isto é só a antevisão de normas sociais de uma violência ferrea e brutal que não conhecemos no Estado novo…
A coisa já está pior do que se podia pensar!
Nuno
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