Saberão o que andam a fazer?
Muito bem observado pelo blog Ecotretas. Em Setembro Sócrates dizia que as energias renováveis permitem a Portugal poupar 100 milhões de euros anuais em importações de petróleo. Em Outrubro Sócrates já dizia que a poupança era de 700 milhões. Em Abril, Carlos Zorrinho tinha dito que a poupança era de 500 milhões. Ontem, o mesmo Carlos Zorrinho dizia que a poupança é de 800 milhões.
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Como é evidente, comparar, como faz Carlos Zorrinho, o sobrecusto das renováveis com o que eventualmente se poupará em importações não faz qualquer sentido. O sobrecusto é já a diferença entre o que se gasta em renováveis e o que se poupa em combustíveis. A redução de importações de combustíveis não contitui um ganho para a economia nacional se essa redução for conseguida à custa de energia mais cara para o consumidor. Por detrás desse aumento de custos está um aumento do endividamento e da importação de equipamentos para construir eólicas.
Já se percebeu que as energias renováveis agravam a a factura do consumidor. Assim é fácil falar em poupanças pois os consumidores pagam o que consomem, pagam impostos ao estado e ainda, para além disto, contribuem para o investimento na implementação das renováveis de forma autónoma na factura mensal. Afinal quem é que poupa e o que é que se poupa? Deculpem mas naõ consigo entender
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O sobrecusto exagerado das renováveis é o resultado do mau contrato de concessão feito com a EDP quando da sua privatização e é o resultado do favorecimento dos grandes interesses privados da EDP, GALP, MARTIFER, etc. nos concursos/contratos das eólicas entre 2005 e 2008.
Só na fase C de 2008 para pequenos produtores eólicos é que o governo implementou um processo em leilão que resultou num preço muito aceitável de 65 euros / MWh, na altura identico ao praticado em toda a rede.
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PMP,
O sobrecusto das renováveis resulta da inviabilidade das ditas a partir de uma dada proporção no mix energético. Se os contratos de concessão não fossem favoráveis as empresas de energia investiriam o seu capital noutros países ou noutras áreas de actividade.
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Muito bem.
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JM,
O sobrecusto exagerado das renováveis resulta do favorecimento dado pelos governos PSD e PS à EDP na altura das privatizações e do favorecimento dado à EDP, GALP, Martifer, e outros grandes investidores eólicos entre 2005 e 2008, ao garantirem preços reais fixos e demasiado elevados ao longo de 25 anos.
No entanto o mesmo governo não fez o mesmo aos pequenos investidores eólicos, pois na fase C de 2008 o preço conseguido foi de 65 euros por MW/h, ou seja ficou demonstrado o favorecimento aos grandes grupos, à custa dos consumidores de electricidade.
Portugal não precisa de contratos de concessão que penalizem o consumidor, nem de investimentos privados sem risco à custa dos contribuintes.
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Não sei como se poupou, quando se sabe que pouca produção eléctrica era feita com petróleo e seus derivados.
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No entanto, as importações de crude continuam a subir, mesmo com noticias saídas que mais de metade da produção de electricidade já era feita nas ditas renováveis. (Aqui incluindo a biomassa e, sobretudo, as baragens.)
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“No terceiro trimestre de 2010, face a igual período do ano anterior, destacam-se os acréscimos nas entradas dos Combustíveis e lubrificantes (+18,3%) (…).”
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In http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=83102432&DESTAQUESmodo=2
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Claro que se poderá dizer que esta maior importação de pitroil é para reexportação, depois de transformado em combustíveis. Mas não existem provas que efectivamente se importe menos pitroil. Até porque, repito, a produção de electricidade cujo combustível era o pitroil já era baixa ou até mesmo residual em Portugal.
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Aliás, eu até desconfio que se exporta electricidade devido ao excesso de produção face ao consumo. E que os preços dessa electricidade vendida estão muito abaixo dos custos de produção. O que seria ainda mais bizarro, se entendermos que estaríamos a subsidiar o consumo alheio. De países mais ricos, como Espanha, por exemplo.
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Se calhar, estes gajos, ainda vão mesmo meter na carola que vão exportar electricidade em barcos para os países do norte da europa. lolololololololol
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Os contratos com os grandes investidores privados nas eólicas foram mal feitos de propósito, para garantir elevadas rentabilidades à EDP, Martifer, GALP, etc.
Bastaria ter repartida a potência eólica por mais anos e fazer sempre a atribuição ao preço mais baixo, em vez de preços fixos.
Os 65 euros / MWh da fase C de 2008 (pequenos investidores) demonstram a viabilidade desta energia, pois esse era o preço de mercado na altura.
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««Bastaria ter repartida a potência eólica por mais anos e fazer sempre a atribuição ao preço mais baixo, em vez de preços fixos.»»
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E acha que o investimento seria o mesmo?
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“A redução de importações de combustíveis não contitui um ganho para a economia nacional se essa redução for conseguida à custa de energia mais cara para o consumidor. Por detrás desse aumento de custos está um aumento do endividamento e da importação de equipamentos para construir eólicas.”
É isso mesmo.
No entanto como explicar a cabeças sem o software necessário para o compreender?
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Em todos os concursos houve um excesso de propostas de investimento face á quantidade disponivel.
Só por compadrio é que o governo manteve os preços altos de 2005 até finais de 2008 em vez de colocar sempre lotes em leilão ao preço mais baixo, o que só fez para uma pequena parte da potência no final do processo.
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“Por detrás desse aumento de custos está um aumento do endividamento e da importação de equipamentos para construir eólicas.”
Shiu! Não se pode dizer mal da Alemanha e da “Europa”! Foi tudo para nosso bem, seu ingrato. Nós é que não soubemos aproveitar tal política “generosa” e “desinterassada”! E o Sócrates sempre foi um grande “patriota”.
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Como o vento é grátis e o gás natural não é, faz sentido produzir electricidade eólica se o investimento for moderado, o que é exactamente o caso.
Não esquecer que o fornecimento de gás natural pode vir a ser reduzido e que o seu preço subiu de 2003 a 2008 continuamente, colocando as eólicas em paridade com o gás natural nessa altura, com a vantagem de não aumentar o déficit externos (só 30 a 40% do investimento é importado).
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Bastava investir em investigação metade do dinheiro do investimento que se anda a fazer na implementação destas tecnologias obsoletas .. talvez daqui a 20 anos tivéssemos tecnologias alternativas competitivas (nuclear, hidrogénio, baterias mais eficientes e porque não fotovoltaicas/ eólicas/ marés) .. só nessa altura se justificaria a implementação no terreno das mais competitivas relativamente ao um preço do petróleo comparativamente desinteressante. Quiseram antecipar tudo atabalhoadamente por pressão das políticas climáticas alarmistas, manipuladoras e cientificamente infundadas do IPCC .. e o preço dessa aventura já está a causar danos nas economias dos países mais atrevidos e sem dinheiro para mandar cantar um ceguinho, como Portugal (para não falar do negócio especulativo bolsista das quotas de CO2) .. e o regabofe continua.
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A energia eólica já é competitiva com novas centrais a Gas Natural, usando uma taxa de desconto de 6% ou 7%, pois o vento é grátis o Gas Natural não é. Além disso dá-nos independência energética, ou seja é uma espécie de seguro caso o Gas Natural volte aos preços de 2007-2008.
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Não se pode comparar directamente o custo de importar combustíveis fósseis (contributo negativo para o PIB) com o custo das renováveis (contributo positivo para o PIB). As renováveis estão a contribuir para o crescimento da riqueza nacional.
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“Aliás, eu até desconfio que se exporta electricidade devido ao excesso de produção face ao consumo. E que os preços dessa electricidade vendida estão muito abaixo dos custos de produção. ”
Anti-comuna, e desconfia muito bem.
Veja os seguintes links:
http://a-ciencia-nao-e-neutra.blogspot.com/2010/01/demonstracao-grafica-do-absurdo-eolico.html
http://a-ciencia-nao-e-neutra.blogspot.com/2010/01/ainda-o-negocio-com-peras.html
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Cada vez mais portugueses começam a entender o buraco em que este governo nos meteu com as “políticas energéticas” de vanguarda. Como se o país tivesse dinheiro para embarcar nas aventuras das renováveis! Um dos melhores lugares para recolher informação sobre o assunto, fornecida por quem sabe o que diz, é no blog http://a-ciencia-nao-e-neutra.blogspot.com/2010 . Recomendo vivamente a quem se interesse por estes temas a fazer uma visita. Não publica com frequência, mas o que publica é de qualidade!
http://a-ciencia-nao-e-neutra.blogspot.com/2010
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O sobre-custo das eólicas é devido aos maus contratos feitos pelo governo de 2005 a 2008, que favoreceu escandalosamente grandes empresas e investidores, como a EDP, Martifer, Galp, etc.
No final de 2008 na fase C do concurso das eólicas para pequenos investidores o preço foi de 65 euros / MWh, muito abaixo dos 95 anteriores e idêntico ao praticado no mercado nessa altura.
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O Miranda e a confusão de conceiros.
Diz a religião Mirandeira:
É sempre melhor importar a um preço X que produzir cá dentro a X+Y seja qual forem os valores de X, Y, a balança de pagamentos e as divisas ou crédito que tomos para importar. Dou-lhe um treze na escala de 10 a 20 ( o que não lhe augura nada de de mau no circo mediático – aí há muitos 0nzes a “brilhar”).
Já agora atentem na pérola do esforçado : “O sobrecusto é já a diferença entre o que se gasta em renováveis e o que se poupa em combustíveis”. E o animal a pensar que sobrecusto era a diferença entre duas operações alternativas da mesma natureza…
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