Em Abstracto Temos Direitos
Em abstracto todos as pessoas do Mundo deveriam ter direito a um bom salário com boas condições de trabalho e com período laboral reduzido. Porque as pessoas não são máquinas, têm vida pessoal e prazo de vida. Logo, a actividade profissional não deveria absorver a maior parte da sua existência nem ser escravizante. É para isso que uma sociedade deve evoluir. Porém, em concreto isso ainda não é possível. Porquê? Tão somente porque somos governados por um bando de incompetentes.
Os professores estão em alvoroço por causa dos congelamentos de salários. Têm razão? Sim. Primeiro porque foi-lhes dado o direito às progressões automáticas, um sistema errado, injusto e inconstitucional (quem terá sido o idiota a inventar isto?), mas a culpa não é deles. Depois porque tendo sido congelados por Sócrates em 2011, foi-lhes dito que o país agora estava a crescer e que a austeridade acabou. Logo, se o país nunca esteve tão bem economicamente, não se percebe a razão de manter congelamentos, certo? Pois. Mas a verdade é que a Geringonça (que nome mais bem atribuído a este bando de incompetentes) MENTIU, mente e continuará a mentir sobre a real situação do país. E na verdade NÃO HÁ QUALQUER FOLGA ORÇAMENTAL. Há um alívio nas contas por via de uma economia que está a crescer graças essencialmente ao turismo que ironicamente querem matar. Só isso. Ora, se em simultâneo se aumentou colossalmente a dívida pública sem fazer nenhuma reforma estrutural séria, esse crescimento não só foi absorvido pelas dívidas como não chega “a meia missa”. Resultado: aumentamos as nossas idas aos mercados para pedir dinheiro… emprestado! Como é que se pode prometer benesses ao sector público com dinheiro dos outros e não com a riqueza criada? Em abstracto, pode. Em concreto, não.
Se em vez de se governarem a eles próprios, governassem em prol do bem comum, facilmente se conseguiria uma sociedade mais equilibrada e justa, do sector privado e público, em termos laborais. Bastaria que o Estado em vez de perseguir quem cria riqueza, regulamentasse no sentido de estimular as empresas a investir em melhores condições de trabalho e salários. Como? Ora tão simplesmente oferecendo grandes contrapartidas fiscais a quem investisse na qualidade de vida dos seus trabalhadores e penalizadoras a quem seguisse caminho inverso. Assim, criavam um sistema de REDUÇÃO fiscal para contratação de pessoas seniores, para criação de espaços de lazer nas empresas, para redução de horários, transporte, cantina, prémios, para salários acima do mínimo nacional, para contratação de pessoas deficientes e por aí fora. Por cada benesse introduzida no plano laboral, as empresas poderiam ver seus benefícios fiscais aumentar significativamente e assim, não hesitariam em apostar na qualidade laboral. Porque é sabido que quanto mais satisfeito estiver o trabalhador, mais produtivo é, com maior qualidade de serviço e mais comprometido com a empresa. Exemplos? A Google. Mas há muitos mais em menor escala. São factos. O problema é que para isso ser possível teria de reduzir o sector público e isso não convém aos interesses instalados.
Ora se o Estado não produz riqueza não pode prometer o “céu e a terra” com o dinheiro privado arrecadado sem reformas profundas. A contenção deve ser a palavra de ordem porque está a gerir impostos arrancados ao orçamento doméstico e empresarial privado. Assim, como se explica que haja progressões automáticas? Como se pode permitir que pessoas sejam premiadas só por ter estado de corpo presente no trabalho? Como pode autorizar que os maus trabalhadores obtenham o mesmo prémio que os bons? Isto é má gestão dos dinheiros públicos porque dá prejuízos avultados. Premiar a inércia não é economicamente viável. Logo constitucionalmente nunca deveria ser permitido.
Tal como em tantas outras coisas, a verdade é que se alimenta esta clientela a troco de votos atropelando a ética, a razoabilidade e responsabilidade governativa. Depois não se entende porque não há dinheiro para ter bons serviços públicos, para estimular a economia e o investimento. Se quase tudo que se colecta de impostos (ainda por cima elevados) são para alimentar o monstro do Estado, enfadonho e ineficaz, onde sobra para construir uma sociedade justa e com qualidade de vida? Em abstracto, sobra. Em concreto, falta.
Com um Estado que não reestrutura o sector público, que o deixa crescer incontrolavelmente, com regalias inesgotáveis e ainda deixa seus milhares de funcionários progredir sem mérito, o país está condenado à miséria à boa maneira socialista/comunista.
Tenho as minhas dúvidas que isto seja caça ao voto e, a sê-lo, que resulte.
Algum dia um funcionário público, cuja opção profissional foi a devoção à causa pública, preferindo melhores salários e o dinamismo do sector privado, suas regalias e regimes laborais menos intensos, algum dia uma pessoa destas vota em partidos que põem em causa a sustentabilidade das contas nacionais, vulgo PS, BE, PCP?
É o mesmo que dizer que os funcionários públicos são uns idiotas a destruir o próprio emprego.
Pior. É o mesmo de chamar-lhes egoístas, escravos do “lucro” nas suas carteiras, lontras de secretaria de papo para o ar à espera da gamela que outros pescam, praticantes do consumismo desenfreado, desinteressados na redução das desigualdades sociais e territoriais.
Logo não podem votar nos partidos mencionados, cuja agenda é precisamente e minuciosamente essa. Os fp não são parvos. Têm é as costas largas.
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Claro que são idiotas. Se não fossem não eram funcionários públicos. Há actividades que têm de ser feitas por funcionários do Estado- como polícias e tribunais. Já os professores não.
O ensino até podia ter apoio ou ser estatal sem precisar de ter profs funcionários públicos.
Quanto menos recebem e mais medíocres são mais dependentes das migalhas.
O PCP sabe isso e controla-os assim pelo sindicato.
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Sobem por tarimba, como os militares.
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A Srª Cristina não está a perceber o que se passa em Portugal. Acha que o António Costa é parvo? Não é. É até muito esperto e tudo o que tem feito está certo para o fim que pretende atingir. Aquilo que o pai dele não foi capaz de fazer está ele a fazer com toda a dedicação. Atingir a Ditadura do Proletariado.
É evidente e ele sabe-o bem que a política que tem feito é para gastar todo o dinheiro que os parvos do PSD e do CDS andaram a juntar em 4 anos para, pensavam eles ingenuamente, criar reservas para um plano de Desenvolvimento do país, e além disso acelerar o processo de chegada a nova bancarrota mais à séria, ao mesmo tempo e com a comunicação social nas mãos e a ajuda dos comunistas e dos bloquistas criar as condições objetivas para o golpe que nos leve à tal Ditadura.
O António Costa criou com muita habilidade a Frente de Esquerda para a pôr a lutar pela Ditadura do Proletariado, percebeu?
Ou ainda acredita que ele é parvo e anda à nora com as reivindicações dos comunistas e dos bloquistas?
A senhora pode ter alguma experiência de trabalho em empresas e sucesso na vida, mas de política socialista, desculpe, não percebe nada.
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Num país em que 60% da população depende do Estado, o que é que se está à espera.
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Correcto.
Contudo, e a ver pelos discursos dos partidos (todos), também estes aparentam depender do Estado.
Basta ver como rodam as cadeiras a cada mudança del Govern.
Nos governos da 3ª Rep, com o Estado a servir para tantos, de estágio e enriquecimento curricular.
Um qq SecrEstado da Defesa, por ex. Pouco ou nada fez de diferente, inovador e útil, mas lá sai ele depois com o CV enriquecido.
Para não falar em ministros, como o ministrão em exercício neste sector.
A bem do Regime
e da minha costela reaccionária.
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São pessoas que nunca na vida escreveram sequer um cv. Nem sabem como se faz.
Sobem por tarimba com aquelas formações para retardados mentais, dadas por retardados mentais.
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É capaz de ter razão, Zazie.
Talvez haja alguns como diz.
Já agora que aqui apanhei, deixe-me agradecer pelos seus comentários, com os quais aprendo e além disso rio imenso, aqui no Blas ou no Portadaloja.
Deu há uns meses aqui a sugestão do Norman Cohn e acabei por arranjar agora um livro dele e estou a gostar imenso. Obrigado e continue assim.
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Isto acontece porque estamos num país que depende do voto que não paga impostos ou pago poucochinho.
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Correctio:
… de quem não paga impostos …
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“o país está condenado à miséria à boa maneira socialista/comunista”.
Está sim senhora. Nesses países porém, não consta que os oligarcas passem dificuldades.
As catarinas/táguas e os geróimos planeiam “controlar” a partir de palácios.
Longe um do outro, haveria espaço para ambos. O ódio que os sustenta faria com que um lado elimine o outro à primeira ocasião. Mercader não morreu.
Escrevo no condicional.
Hão-de prestar conta dos embustes com que entretêm a pequenada.
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um lado eliminasse o outro…
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Essa do socialista/comunista tem direitos de autor, é um plágio do meu “comuna-socialistas”! Bem, na realidade sinto-me honrada!
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….como a Google!….k lirismo! Ainda há quem acredite em utopias em Portugal! Por norma os «empresários» portugueses querem logo meter o dinheiro no bolso, num off-shore e pagar o mínimo de impostos.
Os políticos de todos os partidos até sabem muito bem como a casa gasta..
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Negativo. Os jovens empreendedores de hoje têm uma postura empresarial diferente. Esta questão é também cultural e mudou muito em décadas
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Este Arfeio com tanto saber empresarial, com tanta sabedoria, com tanta clarividência, com tanta capacidade de trabalho, com tanta competência….
… deve ser o
MAIOR E O MELHOR EMPRESÁRIO
da terra lusitana.
Óh Arfeio, diz lá o nome de uma única empresa que estejas a gerir
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Agradeço às catarinas táguas e aos geróimos o favor de empurrarem a geringonça para o precipício. A gratidão é o único tesouro dos humildes já dizia o meu amigo guilherme.
William Shakespeare
O kosta está a honrar a memória do pai, da mãe é melhor não falarmos. Só que tem lapsos.
No sábado, no twitter, António Costa escreveu: “O Porto oferece à EMA a melhor solução para a sua relocalização. A União Europeia aproveita esta oportunidade? Espero que sim”.
Esperou mal.
António Costa assume que seria uma “grande honra” ter Mário Centeno na presidência do Eurogrupo e que o Governo está disponível para ponderar esse convite, se vier a ser formalizado. “A possibilidade de o ministro das Finanças português subir à presidência do Conselho de ministros das Finanças da zona euro está em cima da mesa”.
A publicidade enganosa às vezes dá bota.
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Essa do 100tino ir para presidente de qualquer coisa na Europa foi uma invenção deles próprios.
O segundo-pastor até prometeu mandar no pacote, com o 100tino, mais os seguintes contrapesos:
a Tancinha
o Azedo Lopes
O Cabrita ou a amantíssima esposa
O tiago das Nozes
O Capoulas dos Nabos
Esperemos que com este excelente cabaz a Europa não diga não ao “nosso” segundo-pastor dentro da filosofia da geringonça:
Pague 1 e leve meia dúzia
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Concelho de Tavira: para 600 km2 uma escola secundaria e uma de ensino basico na capital do concelho, para 25 mil habitantes.
Baixo Guadiana: para perto de 800 km2, uma escola secundaria, e SEIS escola de ensino basico que servem cerca de 26 mil residentes.
Causa: nos anos de paixao pela Educacao do guterrismo construiram-se escolas ate ao nono ano em freguesias que tinham ensino basico mediatizado ate ao sexto ano. Obviamente, nao houve ponderacao custo/beneficio, e houve tambem pressoes politicas de autarcas que queriam apresentar obra. O parque escolar esta assim claramente sobredimensionado em algumas regioes do pais. Outro exemplo: o excesso de Escolas Superiores. Sao isto as gorduras do Estado que ninguem tem coragem de atacar.
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… e o que faz o sefundo-pastor?
Agacha-se às nozes podres e assina de cruz o que o mini capataz do “insino” lhe põe à frente.
É o resultado do desgoverno de quem perdeu eleições e teve a petulância, como o apio de comunas, ir para o poleiro.
Garantidamente o OE da geringonça nunca poderia passar de uma manta de retalhos
Muito longe de um projecto coerente de governação.
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