É a fé que nos condena
Já se escreveram milhares de linhas sobre ajuntamentos permitidos e ajuntamentos proibidos. As pessoas tentam racionalizar o irracional, umas optando pela versão “são recomendações, não são imposições” – facilmente desmentidas pelas prometidas multas -, outras ainda optando pela versão “é para nosso bem” com a arrogância de quem tem a certeza do que é o bem para outros.
O único partido que se tem demonstrado minimamente liberal durante todo este “regime de excepção” é o PCP. Em primeiro lugar, porque tudo é regime de excepção: se posso transformar um evento em justificação para excepção, nada impede que torne qualquer outro; em segundo lugar, porque não se sujeita à conformidade em cada pinga de guano governamental.
A proibição de consumo de álcool na rua é uma determinação moral. Não tem qualquer justificação sanitária, só a argumentação de que se pode condicionar o comportamento dos jovens através da lei seca. O fecho às 20h00 da loja de cosméticos também não tem qualquer justificação sanitária, só a de favorecer a virtude elitista de que baixa burguesia que use maquiagem é o mesmo que ver um porco com batom.
Já nada disto tem que ver com o coronavírus. Agora já só tem a ver com a fase de elevação do controlo à religião de estado. Já diziam os antigos: é a fé que nos salva. Ou, neste caso, que nos condena.
Diria mais, a proibição de consumo de álcool na rua, vem com a seguinte moral: ou estás sentado a comer uns caracóis ou levas com a multa em cima.
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«A proibição de consumo de álcool na rua é uma determinação moral.»
O que vai por aqui!… Que mistura de alhos com bugalhos do camandru|
1.- A verdade é que a proibição do consumo de álcool no meio da rua diretamente a partir de uma garrafa é regra em mais de metade do mundo civilizado. Parece-me claro que não só o exemplo para os putos é manhoso, como o aspeto global da coisa é boçal.
Claro que a proibição do consumo de álcool na rua deve ser instituída por motivos estéticos e, já agora morais. Há algum problema com isto?
Quanto a mim, só é pena que se fale desta proibição em tempos de pandemia…
2.- A verdade é que não percebo a apologia do burgesso que plana por aí.
Basta sair de casa para nos apercebermos que a malta , mesmo que consumindo legalmente numa esplanada, depois de beber dois goles se aplica a atirar perdigotos para o trombil do camarada de copos.
3.- Os outros camaradas, pelo seu lado, entretêm-se em manifs protofascistas de baixo calibre… Já alguém associou, por exemplo, os autocarros da margem esquerda na Alameda aos focos de contágio ocorridos poucas semanas depois na Modelo e na Isidoro? …Sabe-se lá!
Uma coisa é certa, não é possível considerar-se um comuna, liberal. Ou é?
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Considero-me como pó cósmico organizado num milagre instantâneo que rapidamente dará lugar a outras coisas. Serve?
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Também já li ‘A possibilidade de uma ilha’ e umas merdas do Kirkegaard… vai daí que não percebo como é que se transformam a água e o álcool em pó.
Daí que essa coisa do pó kósmico é muita fixe em termos poético modernaços, um bocadolas new age e tudo, mas a mim, pá! deixa-me sempre ressequido, seco.
Ora uma coisa destas não é new age nem se coaduna com a audição de sons de baleia durante horas.
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Está a ver mal. O new age é o mainstream, o marginal é o católico.
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«O new age é o mainstream, o marginal é o católico.»
Oh, Vítor! Pá! Passou a tarde na esplanada? Homessa!
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@raposa, seu racista, o autor falou muito bem, disse a verdade. E é ainda pior, as putas do new age são também racistas e perseguem a quem não querer ser como aquele esterco da humanidade.
A ignorância e a falta de cultura encontra-se sempre onde menos se conta.
E a bolsa é o sítio, onde há mais asnos por metro quadrado.
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Bons pontos, Raposo, mas como sabe o Vítor não está cá para ler ou responder a ninguém – embora, curiosamente, costume fazê-lo. Lembra-me certa colega na escola: todos os dias atravessava a sala para dizer como me desprezava.
Creio que a questão de fundo é a arbitrariedade e o exagero que muitos, não só o Vítor, vêem nestas medidas anti-covid. Muitos já nem vêem no covid uma ameaça séria. Alguns nunca viram.
Claro que desconfiar deste governo sucateiro e deste presidente ridículo, seja no covid ou no que for, é plenamente justificado.
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Seria bom que os céticos do confinamento e da reserva fossem agora explicar aos trabalhadores e aos empresários algarvios que as medidas de confinamento são iliberais, autoritárias e desnecessárias.
Portantesh, isto está tudo muita fixe, o Bolsonáro ´visionário, o Trump é o maior e os suecos é que a sabem toda!
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Há 50 anos quem estabeleceu os parâmetros de normalidade foi a Nação Emergente Anglo Saxónica.
Hoje quem está a começar a ditar os parâmetros de normalidade é a Nação Emergente Chinesa…
O Ocidente está a adotar os filhos da puta dos parâmetros de normalidade da China; controlo electrónico de todo e qualquer cidadão.
Foi ao que nos conduziu a regra máxima do liberalismo: “Os países devem comprar o que necessitam lá, aonde for mais barato”…
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Todo o rebanho pede um pastor com um cajado. Já houve um pastor que tinha o cajado na mão direita e o rebanho caminhava obediente. Agora o pastor tem o cajado na mão esquerda e o rebanho além de caminhar, bale de contente. Só ficam de fora as ovelhas negras…
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Depois do que ontem foi anunciado por este tipo de governo incompetente, aldrabão, mais o modo-a-despachar-o-caso, e o que disse o Medina interesseiro, igualmente aldrabilhas e arrogante em relação ao C-19 na área de Lisboa e Vale do Tejo, suspeito muito que vão continuar a omitir cada vez mais infecções unicamente por isto: para que os quartos de final, as meias finais e a final da Champions se concretize em Lisboa.
E, também para o MCThomaz, os cidadãos que se fodam, né ?
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Recentemente, ouvi um advogado francês bastante mediático, Eric Dupont Moretti, comparar o modo como, a propósito de tudo, agora são feitas leis com o método que se usa para escrever manuais de utilização de equipamentos e outros produtos. Não há dúvidas de que ele sabe do que fala. E lá, como cá.
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“Fés”: recentemente ocorreram ajuntamentos por diversos motivos, umas cantorias pimba no Campo Pequeno (com as presenças do AC-DC e do MCThomaz), a CGTP na Alameda, o PC no Parque Eduardo VII, manif anti-racista do BE, 13 de Maio e romaria do Emigrante em Fátima. Notícia lida há minutos, subiu para 24 os infectados em Fátima. Só das consequências em Fátima se sabem quantidades…
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“manif anti-racista do BE”
Onde? No BE as manifestações são racistas anti-racistas
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E não há um cabr ão dum corona que entre pelo Kosta acima ou pelo Marcelinho abaixo! E se calhar. se houvesse, era segredo do (mau) estado…
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Sabe-se que a festa em Odiaxere aumentou os casos de Covid19 no Algarve. Sabe-se que houve contágio em Fátima. Sabe-se quantos velhotes nos asilos estão e como foram contaminados. Sabe-se que há alunos nas escolas, e quais, contaminados. Enfim sabe-se todo o percurso das contaminações.
Parece óbvio que nenhuma das manifs canhotas causou um aumento, nem uma, das contaminações pelo vírus da moda. Como os noticiários só reportam problemas, intui-se que aquela gente toda é imune e… não há nada para reportar.
Trump e Bolsonaro têm de mudar de “clube”…
Não acredito em bruxas mas…
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Sim, como já disse algumas vezes é primeiro vírus Fascista só ataca os não Socialistas
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“com a arrogância de quem tem a certeza do que é o bem para outros”
Como obrigar as crianças a ir à escola?
Como obrigar a ter carta de condução?
Como obrigar a ter licença de porte de arma?
Como proibir a eutanásia?
Como obrigar a conduzir pela direita ?
Pura retórica .
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