O regime prescreveu
25 Abril, 2021
Quarenta e sete anos depois, festejar isto é degradante. Compreendia-se durante uns dez ou quinze anos, mas agora é só gozar com o pagode. No próximo ano serão os míticos quarenta e oito, a medida entre Salazar nas finanças e os cravos. Temos doze meses até à derradeira humilhação.
O regime prescreveu.
13 comentários
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o funeral aguarda a chegada da bazuca para pagamento do dito
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Bom epitáfio.
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Uma espécie de Balanço que faço para os últimos 47 anos, por cá:
O QUE MELHOROU:
Fim da Guerra do Ultramar
Promoções generalizadas dos militares
Diminuição do horário de trabalho e consequente aumento do lazer (ou lazeira)
A mortalidade neo-natal.
Melhoria dos meios de comunicação
O QUE PIOROU:
A qualidade da governação com a subida ao poder de uma casta pouco preparada e que recorre, por vezes, ao Nepotismo.
A perda da Soberania para uma completa dependência do Estrageiro.
A Economia nacional e o equilíbrio financeiro (três -3- bancarrotas e uma Dívida externa ASTRONÓMICA)
A carga fiscal
A corrupção na Administração Pública (ex-Primeiro Ministro, ex-Ministro, ex-presidente da bancada de um Partido na Assembleia da República, Ex-Autarcas, etc. a contas com a Justiça)
A qualidade da Justiça (lentidão e custo)
O Ensino oficial em todos os níveis.
O serviço militar obrigatório (anulado quando devia ser continuado com a devida adaptação ao evoluir dos tempos)
A capacidade industrial
O Desemprego
O abandono do interior do Território Nacional
A alienação de imenso património do Estado e particular (Ouro, Empresas, Edifícios e Solo)
O volume da população prisional, apesar de se terem criado inúmeros meios conducentes à redução ou encurtamento das penas.
O flagelo da droga e vícios associados
O flagelo dos Sem-abrigo
o flagelo dos fogos florestais e negócios associados
O desrespeito pela Autoridade
O aborto humano (por se tornar praticamente gratuito e mais seguro)
O QUE NÃO MELHOROU NEM PIOROU
A violência doméstica
Nota: tudo isto que escrevi foi visto e lido nas páginas dos jornais e nos telejornais nacionais
Agradeço eventuais correcções ou acrescentos que os Snrs. Comentadores tenham a amabilidade de juntar.
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Uma “ligeira correcção à promoção generalizada dos militares. É falso.
Sou capitão de Agosto de 69. Dei o coiro no Ultramar, no 25 de Abril e no 25 de Novembro. Fui promovido a major em Nov 80 ou seja 12 anos e picos depois. Não fui excepção, quando muito o meu curso ainda se arrastou por mais 2 anos… Chama a isto promoções generalizadas? Sabe que os capitães que arrriscaram carreira, família e vida não aceitaram promoções espúrias? Ainda não sabe que jornais e telejornais continuam a bolsar miséria?Da minha parte só lamento ter que viver nesta porca niséria de gente ignorante, ingrata e que, em vez de unir esforços e trabalhar se diverte a derreter o pouco ânimo que ainda resta nos que têm o BI idêntico ao meu. Amo a minha terra, as minhas gentes, a minha história, a minha cultiura e por eles e elas sempre me bati e continuarei a bater perseguindo o sonho de viver num sítio limpo e com gente decente.
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Não deu coiro nenhum em sítio nenhum.
Escolheu uma profissão e pelo que vejo cumpriu com honra aquilo que escolheu.
Na sua profissão até se é promovido por antiguidade, nas outras é por muitas coisas entre elas o mérito.
Melhores cumprimentos.
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Promoções generalizadas na mili…não necessáriamente.
Salvo as de origem partidária anti-fassista governamental, aliás para quadros por norma desgostosos com a evolução pós 25Nov75.
Várias centenas de quadros que saíram das FA por decisão própria sem que nada os obrigasse a tal, prendados pela tutela político militar (MDN-Finanças), com elevação aos postos superiores da carreira-estatuto e pensão melhorada, aliás agora a complementar com a Ordem da Liberdade para capitães (coronéis) sem percurso profissional registado!
Vale?
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Viva o de Abril !!! Para “28 de Maio” de 2022 e EM FORÇA !!!!
Viva a Pátria !!!
Viva Portugal !!!
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… era Viva o “24 de Abril” … no principio do comentário … desculpem foi da indignação senti a urgência da Blasfémia …
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O vinho melhorou muito!
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Onde é que a quadrilha se teria reunido a almoçar ?
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Já perguntei a Marcelo porque não foi à tropa quando cheirava a balas fumegantes.
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Segundo a sua opinião “O que melhorou: fim da guerra do Ultramar”. Peço desculpa de discordar neste ponto, mas o fim da guerra nas Províncias Ultramarinas foi imposta de fora, foi ordenada pelas duas maiores potências da altura que queriam apoderar-se das fabulosas riquezas – solo e subsolo – sobretudo de Angola e foi combatida no terreno por mercenários/terroristas drogados (e mais tarde com a ajuda dos cubanos – segundo um documentário passados há dias e afirmado por um camarada comunista, Cunhal foi para Cuba para os treinar na luta armada e poder levá-la a efeito em Angola e Moçambique) enviados por essas mesmas potências. É dos livros. Os povos dessas Províncias eram portugueses de alma e coração e tudo quanto pediam, de facto suplicavam aos terroristas, antes de serem assassinados a sangue frio, era que os deixassem continuar portugueses.
Os maiores criminosos e autores morais desta tragédia — a maior desde a Fundação de Portugal, tratou-se na verdade de um genocídio monstruoso de mais de um milhão de portugueses inocentes, povos que nunca se tinham revoltado nem contra o regime do Estado Novo nem contra Salazar — foram Soares e Cunhal. A farsa hipócrita e cínica repetida à exaustão pelos traidores à Pátria, comunistas e socialistas, dirigentes e militantes, antes e depois do golpe de Estado de Abril, era de que “o 25/4 (por eles designado propositada mas erradamente revolução) ía ser/tinha sido para libertar o povo português do regime fascista e torcionário e a libertação dos povos africanos oprimidos”. Era tudo mentira, como se provou com o passar dos anos. Aquela foi a maior traição à Pátria alguma vez cometida (na realidade só concebível por espíritos diabólicos) num País que vai para mil anos de existência.
Os grandes traidores à Patria em qualquer país decente – sejam democracias ou ditaduras – são executados ainda nos dias que correm. Sempre o foram e sempre o serão. Estes dois traidores à Pátria – os maiores e os mais perigosos – já cá não estão, infelizmente escaparam à punição merecida pelos gravíssimos crimes cometidos. Mas ainda estão vivos alguns traidores tão culpados quanto aqueles dos mesmos crimes e que no entanto se passeiam alegremente por aí. Porém deveriam ainda ser julgados e condenados. Nunca é tarde. Aproveitando uma feliz expressão que Inês Serra Lopes deu ao título de um seu livro sobre o assassinato de Sá Carneiro (cometido pelos mesmos que destruíram Portugal e as Províncias Ultramarinas – foi aliás com este diabólico intuito que praticaram aquele infamante crime), “a verdade não prescreve”. E de facto não prescreve.
Quanto aos nomes e apelidos dos criminosos e dos traidores à Pátria, os mortos e os ainda vivos, esses e estes jamais serão esquecidos pelos portugueses patriotas do presente e do futuro.
A História de Portugal registá-los-á como tal.
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Vitor, faço minhas as suas palavras. Parabéns. Mais destas é que são precisas. Alegram o espírito e fazem bem à alma.
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