O PSD descolará do socialismo?
Por estes dias muito se tem falado da especialíssima relação entre oligarquia socialista portuguesa e a oligarquia angolana, nomeadamente na facilidade com que Isabel dos Santos tomou posições nos bancos portugueses. Mas o governo socialista também acarinhou politicamente a aquisição do controlo accionista da EFACEC por parte da filha do ex-Presidente de Angola, visto na altura como a forma de salvação da empresa.
Apesar da lenga-lenga sobre o “caráter estratégico da Efacec ao serviço do desenvolvimento da indústria e do aparelho produtivo nacional” a verdade é que o mercado não teve, nem tem, a mesma opinião virtuosa que os políticos e assim a empresa acumula prejuízos na ordem dos 180 milhões de euros.
Isabel dos Santos tornou-se entretanto politicamente tóxica e o governo socialista resolveu nacionalizar a EFACEC. Apesar de o ex-ministro Siza Vieira ter anunciado diversas vezes que a reprivatização da empresa estava iminente, o processo revelou-se um fiasco monumental. O actual ministro Costa e Silva reconheceu o falhanço socialista e alertou que o Estado poderá não recuperar o dinheiro dos contribuintes que lá foi injectando. Mais, avisou recentemente que a segunda tentativa de reprivatização da Efacec que o Governo quer fazer poderá outra vez não ter resultado e, independentemente disso, que o Governo poderá mesmo torrar na empresa mais dinheiro dos impostos dos portugueses que trabalham.
António Costa pôs todos os contribuintes a pagar a manutenção de uma empresa zombie e moribunda que ninguém quer comprar e vai cavando um buraco cada vez maior à custa do nosso dinheiro.
Curiosamente, na discussão do orçamento de estado desta semana a proposta do PCP para integrar a Efacec no setor empresarial do Estado mereceu a abstenção do PSD, pelo que não se percebe se Luís Montenegro fosse governante não faria idênticas asneiras às dos socialistas.
O líder do PSD tem ainda um longo caminho para dar evidências e transmitir confiança ao eleitorado não-socialista de que um futuro governo liderado por Montenegro fará diferença significativa para as opções e prática política do PS.
O acordo que se prepara entre PSD e PS no âmbito da revisão constitucional e episódios como este do voto de abstenção à integração da Efacec no setor empresarial do Estado não ajudam a descolar o PSD de um socialismo empedernido.
A minha crónica-vídeo de hoje, aqui:
A resposta à pergunta do título é muito fácil não.
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“A social-democracia é definida como uma das muitas tradições socialistas.[6] Como movimento político, visa alcançar o socialismo por meios graduais e democráticos.[7] ”
Wikipédia
“Um escorpião pede a um sapo que o leve através de um rio. O sapo tem medo de ser picado durante a viagem, mas o escorpião argumenta que se picar o sapo, o sapo iria afundar e o escorpião iria se afogar. O sapo concorda e começa a carregar o escorpião, mas, no meio do caminho, o escorpião acaba por ferroar o sapo, condenando ambos à morte. Quando perguntado pelo sapo por que havia lhe picado, o escorpião responde que esta é a sua natureza e que nada poderia ser feito para mudar o destino”
Wikipédia
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PSD e PS: o mesmo balde, só mudam as moscas.
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Temos muitos partidos mas são todos socialistas. Ou pior.
Vivemos na verdade num regime de partido único mas com muitos nomes.
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A resposta à questão é = Não
Aliás é de esperar que socialismo e consequente movimento anti-liberdade intensifique no PSD.
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O último gestor da Efacec com fama de redentor era e é PSD.
Será que querem repetir o itinerário dos estaleiros de Viana?
É muito caro mas não perturba as votações…
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«O PSD descolará do socialismo?»
Não.
https://www.dn.pt/opiniao/a-longa-noite-socialista-14774112.html
«(…) Nunca Portugal deixou de ter governos socialistas, ora moderados ora extremistas. Sim, quando o PSD esteve no poder, inclusivamente com Aníbal Cavaco Silva, isso não significou uma governação à direita porque aquele sempre foi um partido de centro-esquerda. E o CDS, intermitentemente de direita consoante o líder ou o momento político, nunca foi capaz de dar um cunho alternativo, não socialista, aos executivos que integrou em coligação com o PSD nem à actuação daqueles, de que resultou o seu progressivo desgaste eleitoral até ao desaparecimento do hemiciclo de São Bento. Se o governo chefiado por Pedro Passos Coelho fosse verdadeiramente de direita teria revertido tanto a legalização do “casamento” entre pessoas do mesmo sexo como a aplicação do dito “acordo ortográfico” – esta sem dúvida a justificar o epíteto de fascizante, porque se trata da imposição ilegal de uma aberração cultural por uma pequena minoria de fanáticos, e que, lá está, não foi referendada porque seria previsivelmente reprovada. Todavia, PPC nada fez em ambos os casos.»
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Não vai descolar coisa nenhuma.
O psd desde o seu aparecimento tem traído as expectativas de grande parte dos seus eleitores.
De um partido que segue uma agenda de esquerda não se pode esperar nada.
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