“Foi bonita a festa, P.A.S.”
O jornal Observador, numa secção intitulada “Dicas Auto”, andou à procura do automóvel perfeito para um jovem de 18 anos. Sem querer dizer mal das propostas apresentadas, julgo que essa viatura idealizada ainda não existe; e só estará disponível quando as marcas conseguirem aplicar os conceitos de Pedro Adão e Silva ao desenvolvimento dos seus produtos. Confuso? Eu tento esclarecer: Pedro Adão e Silva é o que usa óculos, tem cabelo e não tem barba; o outro, que diz exactamente as mesmas coisas num tom de voz mais agudo, chama-se Pedro Marques Lopes.
Mas voltemos aos carros e ao Pedro que usa pente e gilete. Numa das suas crónicas do Expresso, comentando o exercício orçamental de 2016, concluiu que, contrariamente ao que nos dizia Passos Coelho, sempre havia uma alternativa às políticas de austeridade. Esta incursão de Adão e Silva nos terrenos da ficção científica, mais especificamente na problemática das viagens no tempo e respectivos paradoxos, permite estabelecer alguns paralelismos com o famoso filme de Robert Zemeckis, Regresso ao Futuro. Nesse grande sucesso dos anos 80, a personagem interpretada por Michael J. Fox utiliza papel de carta e uma caneta de 1955 para impedir o terrível homicídio do seu amigo “Doc” Brown que iria ter lugar em 1985; no seu texto, Pedro Adão e Silva tenta utilizar a situação económico-financeira portuguesa de 2016 para impedir a terrível austeridade que se abateu sobre o país em 2012. Se em 2016 foi a “pós-verdade” a feliz contemplada com a distinção de palavra do ano, é justo que em 2017, graças a este tipo de análises, se atribua o galardão à “pré-alternativa”.
Esta incursão do cronista nos territórios da anterioridade não é de agora e é já bem conhecida dos seus leitores. Em 2009, ao subscrever um famoso manifesto pelo aumento da despesa pública e investimento, tornou-se num dos pilares vivos da pré-bancarrota; e em 2014, ao assinar o manifesto pela reestruturação da dívida contraída para financiar a despesa pública e o investimento que antes defendera, mostrou pertencer ao estágio de desenvolvimento moral característico da pré-escola.
É por isso que o automóvel perfeito para qualquer jovem, o tal veículo que ainda não foi inventado, será o pré-carro, aquele que poupará o recém-encartado de 18 anos da vergonha que passou aos 14, quando, todo suado e a cheirar mal, apareceu de bicicleta em casa da sua amada.
Pedro Adão e Silva e Pedro Marques Lopes. Dois nomes que enjoa ouvir mas que temos que suportar infelizmente quase todos os dias! É o nosso castigo! Além da geringonça e dos seus aparatchiks falantes ainda temos estes! Apesar de ambos destilarem jactância, reconheçamos que o campeonato da ignorancia é ganho pelo Marques Lopes que me causa sempre a interrogaçao e admiração sobre como é que chegou a comentador ! O que fez e de onde vem para que ” perore” e lhe dêem guarida na SIC! Mistério…
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Uma dupla de abranhos…
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Este par de jarras também pertence à nossa geração mais bem preparada de sempre?
Rui Silva
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Se uma dívida acima dos 240 mil milhões não assusta o Srs Adão e Silva e Marques Lopes, gostava de saber onde colocam eles a fasquia para terminar a compra de votos com dinheiro do Estado.
https://sites.google.com/site/grupoteatroterapeutico/_/rsrc/1229599843222/Home/contactos/fachadalimpa.jpg?height=254&width=420
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Dois grandes comentadores. Isentos e intelectualmente honestos.
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i-sento não é o novo sofá da Apple?
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Se eles são grandes, o lindinho tosta é um i-norme!
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Um i-minete
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Grande … grande … és tu lindo Arfeio.
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Finissima ironia !…
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Tipos dessses não têm onde cair mortos no dia em que a verdade assomar no horizonte.
É dessa caducidade que a propaganda da cáfila vive, mais do chorrilho de asneiras e mentirolas diárias das tevês. Sobre os santos ferreira, os varas, os teixeiras dos santos, o constâncio, o ddt e o seu braço armado, sobre o sentino protetor dos credores que roubaram gerações, sobre as causas do desastre da banca nacional, nada.
Há muitos mais, de todos os quadrantes, é certo. A ladroagem é transversal ao tecido roto da nação implodida. O cenário escapa aos grandes filósufus tipo pacheco barrigudo, versado em mitologia. Pois é tempo de apontar para o modelo, Hermes, deus do comércio e dos ladrões, o grande inspirador da matilha ansiosa por enviar as suas fotocópias até o rio Estige (Panama e outros offshores) que fica entre os vivos e os mortos que somos nós. São tipos eloquentes, tudólogos, fazem jogging com um capacete com asas de uma estação televisiva para outra e trazem nas mãos o caduceu, bastão escondido com duas serpentes entrelaçadas, a mentira e a ilusão. Como se não bastasse, ainda há um personagem acima da suspeita, a apadrinhar o circo, onde os animais treinados fazem números para entreter a pequenada. Ainda o vamos ver a lavar os pés de tipos em Custóias, a lembrar-se de amigos que lá deviam estar e estão fora. Proscritos? Não, serão os eternos prescritos.
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Bravo!
Um excelente comentário!
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Excelente comentário. A manipulação da informação é vergonhosa. A qualidade dos comentários é paupérrima, qualquer pé-rapado ignorante vem para as televisões dizer as maiores baboseiras. Pior: nem sequer têm evidências do que dizem. Antigamente davam-se opiniões sobre factos, hoje produzem-se os factos conforme as opiniões.
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Paz nos corações
Desses tempos já passados
Saudosos do ditador
E seja lá como for
Vão vivendo amargurados
À cata dum redentor
Seja lá quem ele for.
Resgatar a Pátria bela
Fez-se premente mister,
É a malta que o quer;
Vá de acender uma vela
Rezando a mais poder
Para tal acontecer.
Com gritinhos de maricas,
A enfiar-nos barretes
O “botas” mestre em tricas
Tinha alguns aderentes:
Para mais, era um descanso,
Nos mantinha no remanso.
licas fecit
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Recordar
Havia basta alegria
Nos tempos do sacristão
Mesmo com falta de pão
Folclore se fornecia:
Eram as danças minhotas,
E as quadras marotas
Ao Governo direcção,
No Teatro eram mato
Permitido diserato
Da censura de então
A pressão aliviava
De tudo que se passava
A ignomínia constante
Todo em todo diferente
Nessa Europa corrente:
Uma impante ditadura
Sem qualquer contemplação
Da geral condenação.
licas fecit
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Um asco
Não se mexe no Assad,
O Bashar é intocável,
Para a Síria ser estável,
Tirem daí a vontade;
Manda o Putin advertir
Para quem quiser ouvir.
Isto é colónia da Rússia
Desde o tempo do papá
E tal assim ficará
É que daremos na “fúcia”
Quem nos for contrariar
Ou obstáculo mostrar.
Não finda a Guerra Fria,
Todos grandes nos seus paços
Sempre encontram palhaços
Já como se suporia:
Criminosos ditadores
Com esses seus protectores.
licas fecit
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Guerra é Guerra
Os “cocótoves” de merda
Com qu´o povo em sobressalto
Aos “chuis” tenta fazer alto
P´ra levar Maduro à queda
Parece dar repulsão
Aos fardas da opressão.
Temendo “fumigações”
Pelas tropas cometidas
Sendo agora repetidas
Nas suas intervenções,
As biológicas bombas
Serão fracas? Nem por sombras…
Ele enfim, seguro está
Tem as vacas por seu lado
Por conversa com o gado
O Maduro não cai já:
Se ofereceram munição
Ganha à Oposição.
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inaugurada a ‘bianal’ de Veneza
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Assim vai Venezuela
Ser preso e torturado
Por exercer seu direito
Digo eu que ´stá mal feito:
Chavistas de mau olhado
Já nada representais
Sois Comunistas dos tais.
Nem p´ra brutos servireis,
Numa guerra sem igual
Um tremendo chavascal
E nada mais obtereis:
Estais levando uma coça
Já nem a rua é vossa.
Detestais a Liberdade,
Ceauescu´s imitando
Tudo quero e tudo mando,
Essa é vossa verdade:
Não vos vá calhar o fado
Deste casal odiado.
Cilia, marque uma data,
De consultar psiquiatra.
licas fecit
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